Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal enfatiza a importância das Normas Técnicas para o setor da Construção Civil

Em função da agilidade com que o setor da construção civil avança em técnicas e tecnologias, tanto em relação a materiais quanto para aos métodos construtivos, as normas técnicas que o regem necessitam ser constantemente revisadas, atualizadas e aprovadas pelo sistema ISO (Organização Internacional para Padronização), que é a entidade que congrega órgãos de normatização de dezenas de países, como por exemplo, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para entendermos melhor, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a entidade responsável pela elaboração de regras e pré-requisitos padrões que os processos e produtos de uma determinada cadeia produtiva devem obedecer para que a entidade garanta a certificação, principalmente pelos órgãos e entidades financiadoras. A sua adoção é voluntária, porém, a não adoção pode excluir a indústria do rol de compradores, uma vez que os processos de certificação estão vinculados a essas normalizações. Como é de conhecimento, o Programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) é o maior programa habitacional do Brasil, com forte aporte de investimentos públicos através da Caixa Econômica Federal. Este programa levou ao estabelecimento de padrões de qualidade, que atendem, principalmente, as moradias de caráter social, permitindo o acesso à casa própria para famílias de renda baixa e média. Um acordo setorial que uniu a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a CEF (Caixa Econômica Federal) e o Ministério das Cidades, para aperfeiçoar o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), que é pré-requisito para as empresas construtoras aprovarem projetos junto à Caixa Econômica Federal, para participarem do programa “Minha Casa, Minha vida”, prevê, como condição para contratação, uma correlação entre os níveis de certificação da empresa e o número de unidades que podem ser financiadas pelo programa. Para participar desse mercado, existe um modelo de acompanhamento, o SIAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras) e tem por base as normas da ISO. Com isto, empresas de construção civil estão sendo obrigadas a comprovarem padrões de qualidade e o cumprimento às normas à medida em que crescem. Esse sistema busca contribuir para a elevação dos patamares de qualidade do setor, visto que as empresas que desejam participar do Programa MCMV passam por análises de crédito rigorosas junto ao Banco da Caixa, que em sua avaliação de riscos de aplicações, e posterior aprovação de financiamento, utiliza como base as normas técnicas da ABNT. Diante desse quadro, o Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal – FNBF está empenhado em acompanhar os movimentos das revisões e na construção de Normas da Construção Civil, para que os produtos da cadeia produtiva florestal também estejam inseridos e assim, posteriormente, o setor venha a adotar as práticas estabelecidas, expandido sua fatia de mercado. Atualmente, a ABNT possui comissões de estudo que carecem de conhecimento pertinentes ao uso da madeira nativa na construção civil, que podem ser enriquecidas com a participação do FBNF, agregando ainda mais na estruturação destas normas. São elas: ABNT/CB-002/CE 002 126 011 “Sistemas Construtivos Wood Frame ABNT/CB-002/CE 002 126 010 “Estruturas de Madeira” Além disso, fora do âmbito da construção civil, a ABNT está revendo outras normas técnicas de interesse, com destaque para a Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE-103), criada mediante a demanda de normalização no campo de Manejo Florestal. O presidente do FNBF Geraldo Bento solicita aos associados que contribuam com as comissões em andamento para que o processo atenda a necessidade do setor de construção aliado a utilização consciente da madeira nativa tornando as edificações mais sustentáveis. Por fim, a participação dos envolvidos direta ou indiretamente com a cadeia produtiva da base florestal devem contribuir para o aprimoramento das normas em geral. O FNBF sugere o apoio dos interessados para obter êxito de forma criteriosa na elaboração das normas técnicas, focando a eficácia das mesmas no contexto geral. Laíza Taineli – Publicitária 

FNBF apoia evento que vai discutir inovação para a cadeia da construção em madeira

Acontece de 10 a 12 de junho, em São Paulo-SP, o evento Ideias Inovadoras para a Cadeia da Construção em Madeira, que abordará os principais aspectos da cadeia construtiva e envolverá os setores que podem fazer a diferença nesse processo. O evento está sendo organizado pelo Núcleo da Madeira e conta com apoio de diversos parceiros, entre eles, o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), entidade que reúne 24 entidades, sediadas no Acre, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondônia e Roraima, representando mais de 3.500 empresas associadas. A programação do evento inclui um amplo ciclo de palestras e debates com o objetivo de gerar subsídios para a aceleração dos processos de homologação e aceitação da madeira como um material tecnologicamente avançado, sustentavelmente otimizado e com características únicas, que precisam ser difundidas. Dividido em 5 módulos temáticos, durante os três dias, o evento busca estabelecer conexões para que cada segmento da cadeia produtiva possa compreender as necessidades do conjunto, otimizando seus processos de produção e dimensionando seu mercado. Segundo o Núcleo da Madeira, a diversidade é a tônica desse evento que “almeja a ampliação do debate e a construção de uma cultura industrial que faça sentido à realidade brasileira e coloque o país em uma posição competitiva com as grandes mudanças, que já acontecem nos países altamente industrializados, porém sem o enorme potencial de recursos florestais que o Brasil possui”. Mais informações e inscrições estão no site do evento Ideias Inovadoras para a Cadeia da Construção em Madeira. Sobre o Núcleo da Madeira O Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira, ou apenas Núcleo da Madeira, é uma iniciativa sem fins lucrativos de representantes de diversos setores da cadeia construtiva da madeira com os objetivos de: divulgar e demonstrar a viabilidade do uso intensivo, sustentável e nobre da madeira na construção; dar suporte aos processos industriais que tornam a madeira um dos mais versáteis materiais; demonstrar a contemporaneidade da madeira; estabelecer uma cadeia construtiva sustentável para a madeira. Daniela Torezzan – Assessoria de Imprensa do FNBF (com informações do Núcleo da Madeira)

“Arquitetura sustentável: o que é, para que serve e como fazer?”

Por Alessandra Barassi* O significado da palavra sustentabilidade ainda não está muito claro no inconsciente coletivo. Então, para não complicar muito, aí vai a explicação clássica: sustentabilidade = pessoas, planeta e viabilidade econômica! Ao falarmos de arquitetura sustentável, estamos falando daquela que atende as necessidades das pessoas, respeita o planeta e é viável economicamente. Na prática, isso quer dizer que os projetos precisam ser mais inteligentes! Edifícios devem ser confortáveis e causar menos impacto ambiental, além de ter baixos custos de execução e manutenção ao longo de sua vida útil. E para se chegar a projetos inteligentes é necessário adotar o “design integrado”, em que se equacionam vários critérios de sustentabilidade, como orientação solar, ventilação natural, materiais ecológicos, uso eficiente de água e energia, gestão de resíduos, entre outros. Há quem pense que para atender a todos esses critérios seja necessário dispor de muitos recursos. Não necessariamente. Estudos indicam que construções sustentáveis podem custar cerca 5% mais ou até custar menos, se bem projetadas (como visto no GSA LEED Cost Study, de 2004). É possível adotar estratégias passivas, que dispensam equipamentos caros e adotam soluções de desenho ainda no papel. Em tempos de energia cara, uma preocupação corriqueira é o gasto com ar-condicionado, que pode perfeitamente ser minimizado em um bom projeto. Basta orientar as maiores janelas de uma casa para o lado onde o sol nasce e posicionar sanitários, despensas e depósitos no lado poente. Assim, a luz da manhã fica garantida com temperaturas amenas e o calor da tarde não incomoda ambientes de baixa permanência. Um exemplo simples de estratégia passiva, sem custo extra. É claro que, conforme a escala e necessidade de cada projeto, nem sempre será possível adotar apenas estratégias passivas. Em um grande edifício corporativo, com muitas salas de trabalho, é provável que não seja possível posicionar todas as janelas para o nascente. Nesses casos, é preciso lançar mão de estratégias mecânicas de alto desempenho, como um ar condicionado central, para garantir o conforto de todos os colaboradores. Ainda assim, seria eficaz projetar uma proteção externa para as janelas do poente (os brises ou venezianas) para reduzir o calor e a frequência de uso dos condicionadores de ar. Outra estratégia importante é a escolha de materiais ecológicos (não nocivos à saúde e de baixo impacto ambiental). No que se refere a materiais estruturais, é necessário optar por aqueles com baixas emissões de CO² no processo produtivo. A madeira, além de ser renovável, é capaz de estocar CO². No caso das tintas, vernizes e químicos em geral, há no mercado uma série de produtos à base de água, atóxicos e de baixo poder contaminante, sem qualquer custo adicional. Basta prestar atenção e fazer a escolha correta. Optar por sanitários de duplo acionamento, arejadores e restritores de vazão em lavatórios contribui para reduzir cerca de 30% do consumo usual de água. Plantas nativas nos jardins favorecem a biodiversidade e requerem menos irrigação. Assim, para praticar arquitetura sustentável é fundamental entender as edificações como sistemas e pensar os critérios de sustentabilidade de forma integrada. Edifícios compõem bairros, cidades e países! Devem ser entendidos como integrantes do meio ambiente, que além de demandar água, energia e materiais de construção em larga escala, também demandarão infraestrutura, transporte e serviços. Portanto, um projeto sustentável prevê soluções menos impactantes em todo o ciclo de vida do edifício, inclusive o correto descarte ou reciclagem do material empregado. Pensando dessa maneira, cada projetista será também um agente de proteção do nosso planeta. Artigo originalmente publicado no Portal Madeira e Construção. ——- Alessandra Barassi é arquiteta, com mestrado em Projeto e Construção Sustentável e profissional acreditada LEED. Tem mais de 15 anos de atuação no Brasil, Chile e Itália, tendo sido palestrante em eventos e conferências de grande relevância para o setor como a ExpoGBC, Sustencons, Feicon e Morar Mais por Menos, entre outros. Atualmente, presta consultoria em construção sustentável e certificação LEED.

Websérie: “Tudo o que você queria saber sobre madeira”

Série de vídeos produzidos pelo WWF-Brasil buscam desmistificar alguns pré-conceitos em relação ao uso sustentável da madeira na construção civil. Por Assessoria de Comunicação Cipem-MT A websérie “Tudo o que você queria saber sobre madeira” é formada por cinco vídeos, voltados ao público não especializado, com o objetivo de esclarecer as vantagens do uso responsável da madeira certificada na construção covil. Os vídeos, produzidos pelo WWF-Brasil, mostram, por exemplo, que utilizar madeiras em obras não é mais caro e que, ao contrário do que a maioria imagina, estruturas de madeira não queimam mais fácil. Utilizada da maneira adequada nos sistemas construtivos, a madeira pode ajudar na gestão e conservação das florestas brasileiras; auxilia na manutenção da biodiversidade; gera benefícios econômicos; e é uma ferramenta de equilíbrio ambiental no combate aos prejuízos causados pelas mudanças climáticas, já que a madeira estoca carbono que seria lançado na atmosfera e agravaria os problemas climáticos existentes hoje. Segundo a U.S. Energy Information Administration (EIA), órgão estadunidense que trata de políticas energéticas, o setor da construção civil, no mundo inteiro, consome cerca de 40% da energia elétrica gerada em todo o planeta. Outros dados estimam que este mesmo setor gera 60% de todo o lixo sólido do mundo e 47% das emissões de gases de efeito estufa da Terra. Diminuir essa demanda de consumo de energia e de geração de lixo e de emissões contribui com a saúde de nosso planeta e com a manutenção da vida na Terra. A madeira reduz o tempo de construção das obras, promove a diminuição de resíduos nos canteiros e dá um efeito visual diferenciado às estruturas que compõe. Ela também é um material mais leve, de fácil manuseio e totalmente reaproveitável. Os vídeos, que disponibilizamos a seguir, podem ser vistos também no recém-lançado site do Programa Madeira Legal , um protocolo de intenções, assinado por 26 instituições do país que busca incentivar o uso da madeira certificada na construção civil brasileira. Confira os vídeos e compartilhe essa ideia! Por que usar madeira na construção civil? É mais caro construir com madeira? Dá pra fazer grandes obras em madeira? Construções de madeira precisam de mais manutenção e pegam fogo mais fácil? Dá pra usar madeira e mesmo assim conservar a Amazônia? Com informações da WWF-Brasil

Alta tecnologia em Madeira

Já é no fim do mês de novembro a última rodada do ciclo de palestras com o tema “Madeira na Construção: Material do Futuro”. Por Assessoria de Imprensa Cipem Brasília (DF) – Será realizada, no dia 25 de novembro, a palestra “Alta tecnologia em madeira”, que fecha o ciclo de palestras “Madeira na Construção: Material do Futuro”, uma parceria entre o WWF-Brasil e o Shopping Casa Park. Voltadas para arquitetos, engenheiros e urbanistas – mas abertas a qualquer outro profissional interessado – as palestras tem como objetivo apresentar os benefícios do uso da madeira na construção civil, que alia o uso sustentável da floresta, qualidade de vida e proteção do meio ambiente. Outras vantagens da madeira em sistemas construtivos: é um material mais leve, reduz o tempo de construção de obras, promove a diminuição do tempo do canteiro de obras e dá efeito visual diferenciado às estruturas que compõe. A palestra será seguida por visita técnica, que vai levar os inscritos a conhecer estruturas diferenciadas feitas com madeira – onde a aplicação e benefícios desta matéria-prima poderão ser vistos na prática. Programação A palestra “Alta tecnologia em madeira” será proferida pelos palestrantes Jaime Almeida, Ivo Mareines e pelo docente convidado, Ivan do Valle, no dia 25 de novembro, no auditório da Livraria Cultura do Shopping Casa Park, em Brasília. A programação terá início às 19h. As inscrições são gratuitas, feitas na hora e por ordem de chegada. A programação, no entanto tem vagas limitadas: o auditório tem capacidade para 150 pessoas. No dia 26 de novembro, será realizada a visita técnica, das 8h às 12h, no CPAB e no Parque de Exposição de Brasília. As inscrições podem ser feitas pelo email: contato@spirale.arq.br. As vagas são limitadas.

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