Governo do Acre consolida parceria com o setor produtivo

A visita realizada esta semana pelo secretário de Meio Ambiente (Sema), Israel Milani e pelo diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, à empresa Agrocortex, situada no município de Manoel Urbano, consolida a parceria institucional do governo do Acre com o setor produtivo. Eles estavam acompanhados da vice-presidente da Federação das Indústrias (Fieac), a empresária Adelaide de Fátima e do diretor-executivo da empresa, Marcos Preto. O encontro serviu para reafirmar o compromisso do governo em desburocratizar os serviços, respeitando a legislação ambiental, para que os empresários possam produzir, gerar renda e trabalho para a população. A Agrocortex é uma multinacional espanhola que tem, atualmente, o maior projeto de manejo florestal do país, com uma área aproximada de 190 mil hectares. Sua sede está localizada no município de Manoel Urbano e gera em torno de 150 empregos diretos. Além da parceria institucional, o governo e a empresa planejam a reedição do termo de cooperação para o reaproveitamento dos resíduos sólidos, que beneficia diversas associações de artesãos no Estado. Outra meta é ampliar a área de manejo sob a responsabilidade do Imac. Para o secretário Israel Milani, a empresa é um exemplo de madeireira que deu certo. “Nossa intenção, dentro da proposta do nosso governador Gladson Cameli é desburocratizar o setor produtivo e abrir concessões florestais nos próximos anos, porque afinal de contas a floresta também é produtiva e prova disso é o setor madeireiro”, afirmou. A vice-presidente da Fieac, Adelaide de Fátima, que também é presidente do Sindicato das Empresas de Base Florestal, destacou o novo momento em que vive o Estado e a nova relação que está sendo construída pelo governador Gladson Cameli com os empresários. “É uma nova gestão, então convidamos para que eles pudessem conhecer o maior empreendimento de base florestal do Estado do Acre. Sempre fomos deixados na prateleira, mas hoje estamos tendo a oportunidade de sermos tratados como empresários do setor madeireiro pelo governador”, disse. A parceria com a iniciativa privada, além de institucional é importante, porque, segundo ela, permite as condições para o empresário produzir. Lembra que a Agrocortex chega a gerar mais de 600 empregos no auge da produção, por isso considera fundamental a desburocratização e a garantia da infraestrutura para escoar a produção. Para o diretor executivo da Agrocortex, Marcos Preto, essa aproximação com órgãos e autarquias é algo desejado há muito tempo. “Trabalhar em parceria é uma agenda que eu sempre defendi e me parece que o novo governo está bastante alinhado, não só no discurso, mas nas próprias iniciativas”, destacou. Além da Agrocortex, o governo do Estado, por meio da Sema e do Imac, ainda farão visitas em outras empresas de diversos setores reafirmando o compromisso do governador Gladson Cameli em trabalhar em parceria, facilitando as atividades produtivas sem desrespeitar as leis ambientais. Fonte: Agência de notícias do governo do Acre
CRV: aproveitamento de madeira em empresas no Acre chega a 70%

Entidades apresentam estudo comprovando que rendimento de toras no estado é maior do que os 35% estabelecidos pelo Ibama. Por Sindusmad-AC. No Acre, uma pesquisa com 23 espécies de madeira serrada, realizada em quatro empresas do setor florestal do estado, a fim de definir seus respectivos Coeficientes de Rendimento Volumétrico (CRV), foi protocolada no Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), na manhã dessa quinta-feira, 6 de abril. O levantamento foi uma iniciativa do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Estado do Acre (Sindusmad), em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) e a Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), do senador Jorge Viana e deputados federais Allan Rick, César Messias e Léo de Brito. A partir desta sexta-feira, 7 de abril, entra em vigor uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para alteração do CRV no processo de desdobro da tora em madeira serrada para obtenção de produtos florestais, proposta pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), reduzindo dos atuais 45% para 35% o índice de aproveitamento. A presidente do Sindusmad e vice-presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Adelaide de Fátima Oliveira, afirmou que o objetivo do estudo é resgatar a importância das empresas do setor florestal e combater a clandestinidade. “Aqui, no Acre, chegamos a uma média de aproveitamento de 55,6%, sendo que tem madeira que chega a uma eficiência de 70%. A tora pode ser excelente, mas não poderei nem doar, porque não terei liberação do Sistema Documento de Origem Florestal (DOF) para isso, gerando desperdício e degradação ambiental”, completou a empresária. Após avaliação do Imac, o relatório será apresentado em conjunto ao Ibama e ao Ministério Público Estadual (MPE), e validado pelo Conselho Florestal Estadual do Acre (CFE-AC). Ao todo, foram seis meses de pesquisa, cujo objetivo foi atender a resolução do Conama nº 474/2016, que dispõe sobre procedimentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, incluindo carvão vegetal e resíduos de serraria. Próximos passos Neste primeiro momento, o trabalho foi realizado nas empresas Fox Laminados, Indumag, Madeireira Triângulo e Martins & Rabelo. No entanto, de acordo com Fátima, será estendido às demais empresas a partir de junho. O supervisor de campo e estudante de engenharia florestal da Ufac, Paulo Parente, explicou que o relatório seguiu toda a metodologia proposta pela Resolução. “Fomos às indústrias e fizemos levantamentos de todas as toras que seriam desdobradas, a fim de calcular a média de rendimento. Após isso, todos os dados foram processados e, assim, produzido o material que está sendo entregue aqui no Imac”. O diretor-presidente do Imac, Paulo Viana, informou que o próximo passo será submeter o relatório a uma análise técnica a fim de verificar se poderá se adequar ao rendimento que está sendo proposto. “A resolução atual, que entra em vigor nesta sexta, prevê que de uma tora só pode ser aproveitado 35%. No entanto, o trabalho apresentado está elevando esse rendimento. Então, faremos uma análise se efetivamente poderemos adotar o rendimento volumétrico de toras que nos foi apresentado. Em seguida, esse estudo será encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente”, finalizou.