Índice de conversão, resíduos da madeira e reestruturação da Sema abrem discussões do setor florestal em 2016

A proposta de emenda do Conama para reduzir o índice do Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV), de 45% para 35%, a fiscalização e aplicação de multas do Ibama ás empresas referente aos resíduos e a destinação e R$ 250 mil do Centro das indústrias produtoras e exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) para a reestruturação da Sema foram os principais assuntos da primeira reunião de diretoria do Centro, que aconteceu na última quinta-feira de janeiro. Com a participação de convidados como Ana Luiza Peterlini, líder da pasta da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema); André Luiz Torres Baby, secretário adjunto do órgão; presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base florestal (FNBF), Geraldo Bento, e o deputado federal Nilson Leitão, sobre o CRV a discussão enfatizou ação seja atendida, inviabilizará todo o setor, pois é comprovado que o índice de aproveitamento já é superior ao atualmente utilizado. “Temos estudos que foram realizados conforme a metodologia disposta na norma vigente do Artigo 6º do próprio Conama. Os resultados, apontam cientificamente um rendimento superior a 45%, o setor preparou também, vídeos que reforçaram os resultados dos laudos e que ainda comprovaram o rendimento médio de 50%”, explicou o presidente. O setor de base florestal, representado pela CNI, recomendará que a proposta de revisão da Resolução CONAMA nº 411/2009, com as alterações já devidamente discutidas nas instâncias regulares (CIPAM, CTFlor e CTAJ) sejam deliberadas na próxima reunião Plenária do Conama e a proposta de alteração dos percentuais de CRV de 45% para 35% seja remetida de volta à Câmara Técnica de Florestas e Demais Formações Vegetacionais do Conama (CTFlor) para análise e discussão. Dessa forma, o setor apresentará os resultados dos estudos anteriormente aqui relacionados. Sobre a destinação dos Resíduos da madeira, desde o dia 26 de janeiro, as indústrias madeireiras foram surpreendidas com a visita de fiscais do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que além de autuarem com multas com valores acima de R$ 500 mil reais, está suspendendo as atividades e impedindo as indústrias de atuar. A alegação do órgão ambiental é que foram encontradas irregularidades no armazenamento dos resíduos sólidos, gerados no processo de desdobro da madeira pelas serrarias e beneficiadoras de madeira daquele município. Entretanto, não há uma política instituída que auxilie na resolução do problema da geração dos resíduos. Impossibilitados de usar ou destinar estes “restos de madeira” para outros fins, sob o risco de serem enquadrados inclusive em crime ambiental, os industriais se vêm obrigados a depositá-los nos pátios das madeireiras. Sobre as multas abusivas do Ibama, Leitão propôs que se faça uma Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os órgãos competentes. Outro tema ressaltado na reunião foi o montante de R$ 250 mil, doado pelo Cipem, para que a Sema seja reestruturada. Na ocasião a líder da pasta, bem como o seu adjunto, além de destacarem apoio ao setor, agradeceram ao Cipem pelo reforço dado na reestruturação. “Agradecemos o incentivo oferecido. A Sema está se organizado e com essa ajuda vamos recuperar a credibilidade, pois temos a consciência que até então temos nos concentrado na tarefa de comando e controle, deixando a desejar em muitos âmbitos com vocês, estamos confiantes que conseguiremos sanar esses problemas nessa nova etapa”, ressalta Peterlini. A reunião também contou com a presença da advogada federal Samanta Pineda, que foi quem ajudou a escreveu o novo Código Florestal Brasileiro. Na ocasião a advogada evidenciou que há uma falha na comunicação entre os entes competentes e os setores produtivos. “O setor produtivo não é ouvido e logo e quem sente na pele os problemas de má comunicação. O caminho é que o governo se envergue para ouvir quem de fato gera economia, pois só assim evitaremos qualquer problema e sairemos da crise”, finaliza a advogada.
Analistas da Receita Federal paralisam serviços nesta terça e quarta-feira

Os Analistas-Tributários negociam junto ao Governo uma reforma salarial MARIANE CHIANEZI Os Analistas-Tributários da Receita Federal irão paralisar as atividades nesta terça e quarta-feira (26 e 27) em todo país para aguardar a apresentação formal da proposta de reestruturação salarial que deverá ser encaminhada pelo Ministério do Planejamento ainda esta semana. A negociação da Receita Federal com o governo envolve uma proposta efetiva visando assegurar uma relação remuneratória mais justa, além de outras reivindicações que foram encaminhas ao governo. A primeira proposta feita pelo governo não atende os Analistas-Tributários, segundo a presidente do Sindireceita, Sílvia de Alencar, que reforça a importância dos Analistas-Tributários. Em todo Brasil, a Receita Federal conta com mais de 8 mil Analistas-Tributários que atuam nas Agências, Centro de Atendimentos, Delegacias, Alfândegas, Inspetorias e postos de fronteira. Nesses dois dias de paralisação, não serão realizados atendimentos nas unidades da Receita Federal em todo país. E será suspenso os seguintes serviços: atendimento ao contribuinte, não serão efetuadas a Emissão de CND, Parcelamento de Débitos, recepção de documentos Malha Fiscal, Emissão de DARF e GPS entre outros. Também serão paralisados os serviços nas Alfândegas e Inspetorias como Despachos de Exportação, Conferência Física, Trânsito Aduaneiro, Embarque de Suprimentos, Vigilância Aduaneira, Repressão entre outros serviços.
Inscrições abertas para os eventos da Semana da Madeira

As inscrições para a Lignum Brasil e para a 2ª Expo Madeira & Construção foram abertas nos sites oficiais dos eventos e podem ser feitas de forma gratuita até o dia 08 de março Da redação FBNF O interesse pela SIM – Semana Internacional da Madeira, só cresce e agora os profissionais do setor industrial madeireiro já podem garantir sua participação em todos os seis eventos que a compõem: Lignum Brasil, 2ª Expo Madeira & Construção, Wood Trade Brazil, Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, EBRAMEM (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira) e SWST (Society of Wood Science and Technology). As inscrições para a Lignum Brasil e para a 2ª Expo Madeira & Construção foram abertas nos sites oficiais dos eventos e podem ser feitas de forma gratuita até o dia 08 de março. A orientação da organização para quem deseja visitar as feiras é realizar as inscrições online. Quem fizer o cadastro no dia e local dos eventos pagará uma taxa de R$ 20,00. A Lignum Brasil tem como principal proposta estimular o desenvolvimento do setor industrial madeireiro, que há quase 10 anos não tinha uma feira que o representasse. Dessa forma, é a maior oportunidade dos últimos anos para os profissionais industriais estarem em contato para a troca de conhecimentos e a realização de negócios. Já a 2ª Expo Madeira & Construção, busca a apresentação das boas práticas do uso da madeira de floresta plantada na construção civil. Ambas acontecem nos dias 09, 10 e 11 de março, no Expo Renault Barigui, em Curitiba (PR). Os interessados também podem se inscrever no Wood Trade Brazil de forma gratuita pela internet. O evento, que acontece no dia 08 de março, reunirá profissionais e empresários do setor de transformação e beneficiamento de madeira, que produzem no Brasil e atuam no mercado mundial, para discutir as condições de competitividade no mercado. O Wood Trade Brazil é limitado a 200 participantes. Outro evento da SIM que também está com as inscrições abertas é o Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, que acontece no período da manhã, dos dias 10 e 11 de março, no CIETEP (Centro de Eventos do Sistema FIEP). Os participantes podem se cadastrar até o dia do evento, mas são oferecidos valores diferenciados para quem fizer a inscrição até dia 10 de fevereiro. O Encontro também tem vagas limitadas a 230 participantes. Para se inscrever acesse: www.energiadamadeira.com.br Os profissionais ligados à arquitetura e construção civil que desejam participar do EBRAMEM e SWST também podem garantir sua participação pelos sites oficiais dos eventos. A SIM é a oportunidade do ano para os empresários e profissionais do setor industrial madeireiro se reunirem para compartilhar conhecimento e contribuírem para o desenvolvimento do setor como um todo. Para mais informações sobre a SIM acesse: www.lignumbrasil.com.br/semana-internacional-da-madeira/.
Rastreabilidade da madeira é decisiva para reduzir desmatamento

O manejo adequado das florestas nativas brasileiras pode fortalecer um mercado de madeira tropical totalmente legal, abrindo alternativas e oportunidades para a economia brasileira Por Assessoria Uma economia da floresta tropical robusta é o caminho relevante e factível para desencorajar o desmatamento ilegal e, ao mesmo tempo, aprimorar o setor madeireiro, promover benefícios sociais e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Em grande escala, o manejo adequado de baixo impacto das florestas nativas brasileiras pode fortalecer um mercado de madeira tropical totalmente legal, abrindo alternativas e oportunidades para proprietários de terras e comunidades que vivem próximas (ou dentro) de áreas de floresta. Acrescente-se a esse cenário a manutenção de estoques de carbono e conclui-se que essa conduta se alinha plenamente às contribuições brasileiras para o enfrentamento das mudanças do clima (INDC) e à ampliação de uma atividade econômica que tem o meio ambiente e o homem como prioridades. Por isso, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura propõe que a área de manejo florestal sustentável no Brasil seja ampliada em dez vezes em relação à situação atual, chegando a 30 milhões de hectares até 2030. Tal volume supriria toda a demanda nacional por madeira tropical. “Para se ter uma ideia, essa área equivale a cerca de 7% do maciço florestal amazônico. Ou seja, promover o manejo de uma pequena fração da floresta causaria baixo impacto e ainda contribuiria com a preservação dos demais 93%”, afirma Roberto Waack, presidente do conselho da empresa Amata. O principal desafio para converter essa proposta em realidade é suprimir a ilegalidade da cadeia produtiva. Estima-se que 80% do volume comercializado no país — como ipê, maçaranduba e cumaru, entre cerca de 30 espécies com potencial comercial — tem algum grau ou componente de ilegalidade. “Além de ser altamente predatória em termos ambientais, a ilegalidade fomenta um cenário de comercialização injusto, pois quem busca a atividade econômica responsável tem dificuldade de ganhar espaço no mercado”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e presidente do International Council of Forest and Paper Associations (ICFPA). Transparência e monitoramento Para mudar esse quadro, a Coalizão Brasil propõe uma sequência de ações, que começa com mais transparência na aprovação dos planos de manejo. “As licenças de exploração de árvores nativas têm de ser transparentes à sociedade, com seu georreferenciamento e informações sobre espécies e volumes divulgados amplamente. Assim será possível acompanhar a legalidade das áreas de manejo florestal e monitorar a qualidade da exploração para a retirada de madeira”, pondera Marco Lentini, coordenador do programa Amazônia do WWF Brasil. “E não é algo difícil de se fazer. Já existem ferramentas úteis de monitoramento por satélite, de modo a acompanhar o andamento do plano de manejo, além de sistemas capazes de assegurar que a produção seja rastreada de modo efetivo.” Rastrear a madeira será, portanto, crucial. “O fortalecimento da economia de floresta tropical depende da rastreabilidade. Trata-se de um complemento para as medidas de controle e monitoramento do desmatamento já existentes”, explica Maurício Voivodic, secretário executivo do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). “O transporte também necessita de rastreamento para se checar pontos de partida e de chegada. No mesmo sentido, é preciso acompanhar as atividades nas serrarias, onde pode haver a inserção de madeira sem origem comprovada em meio às remessas legais.” Na outra ponta, o consumidor deve exigir que se comprove a origem dos produtos. A Coalizão Brasil propõe que a rastreabilidade da madeira entre como condição nas compras públicas, por exemplo, de programas de habitação e de infraestrutura. “Se o governo assumir essa liderança, o setor privado deverá seguir a mesma conduta”, comenta Pedro Moura Costa, presidente executivo do Instituto BVRio. Inclusão por meio do conhecimento Além de rastreabilidade, será preciso investir em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento de espécies nativas, bem como em qualificação de mão de obra. “A capacitação permitirá que a população local se beneficie dos recursos de forma sustentável, em vez de predatória e de curto prazo, como vem ocorrendo”, assinala Paulo Barreto, pesquisador sênior do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). O manejo florestal adequado, portanto, contribui para uma das metas a que o Brasil se propôs no acordo mundial para o clima: eliminar o desmatamento ilegal até 2030. “Ao olhar a floresta com uma visão econômica e social, além da ambiental, cria-se o entendimento de que ela tem valor e de que não é necessário substituí-la por outras atividades”, afirma José Luciano Penido, presidente do conselho da Fibria Celulose. E há outros ganhos: os chamados serviços ecossistêmicos que as florestas oferecem, como a conservação do solo e a segurança hídrica. “Podemos cumprir a meta do desmatamento bem antes, sem esperar 15 anos para isso.” Visto que boa parte da madeira nativa comercializada no Brasil tem algum componente de ilegalidade, a Coalizão entende que é necessário incentivar a transição gradual dos envolvidos no setor — madeireiros, transportadoras e serrarias — para uma situação de legalidade total. Sobre a Coalizão Brasil A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou como o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e a geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 100 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – (Da assessoria Coalizão Brasil)
Mato Grosso terá 10 meses para analisar 400 projeto de manejo sem adequação à Portaria 443 do MMA

A prorrogação também é válida para apresentar os estudos que provem a inviabilidade em manter determinadas espécies na lista de vulneráveis Oziane Rodrigues/ Assessoria FNBF O ministério do Meio Ambiente (MMA) prorrogou, somente para Mato Grosso, a aplicação dos efeitos da Portaria 443/2014, que proíbe a comercialização de 13 das principais espécies madeireiras do Estado, consideradas vulneráveis por esta legislação. Os projetos de manejo florestal sustentáveis protocolados até fevereiro de 2015 não precisarão seguir as regras da 443 se liberados até o prazo final que é dezembro de 2016. A decisão se deu após uma série de reuniões intercaladas entre Brasília (DF) e Cuiabá. Nos encontros, representes do setor florestal do Estado e Fórum Nacional das Atividades de Base florestal (FBNB), com o apoio fundamental da Bancada representativa de MT no senado federal, destacando-se entre eles o deputado federal Nilson Leitão, apresentaram aos órgãos competentes o alto número de processos que ainda precisavam ser averiguados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e o curto prazo para análise. “O MMA considerou que exclusivamente Mato Grosso continha um número expressivo de análises e não haveria prazo hábil para concluí-las”, explica Geraldo Bento, presidente do FNBF. Com a medida a Sema terá mais 10 meses para avaliar os cerca de 400 processos de manejo protocolizados e que deveriam ter sido analisados e liberados até dezembro de 2015. Outro motivo pelo qual houve a prorrogação é tempo determinado ao setor florestal para apresentar estudos que provem a inviabilidade em manter determinadas espécies na lista de vulneráveis. De acordo com o setor, alguns desses indivíduos não se enquadram mais na lista e podem ser considerados aptos à comercialização. Entenda o caso No início de 2015, presidentes dos sindicatos patronais madeireiros de MT e Geraldo Bento então presidente do Cipem e, atual presidente do FNBF, reuniram-se com a ministra Izabela Teixeira a fim de encontrar soluções para os entraves ocasionados ao segmento industrial madeireiro de todo o país, quando surpreendidos pela Portaria 443/2014/dezembro, do MMA. A portaria foi regulamentada pela IN 01/2015 que trata da vulnerabilidade da madeira, colando 13 das principais espécies comercializadas na lista de não comercialização. Na ocasião, Bento explicou que caso a Portaria fosse efetivada, todo o comércio madeireiro ia inviabilizado uma vez que as espécies são as que despontam nas vendas incluindo a exportação. O professor doutor Evaldo Munhoz Braz da Embrapa Florestas que também participou na ocasião defendeu a posição contrária à Portaria. Em consenso, o FNBF e MMA entendeu a importância de embasar em estudos para comprovar ou não a necessidade de manter as espécies listadas. A pesquisa desenvolvida pela Embrapa Florestas teve seus primeiros resultados apresentados em novembro de 2015, e com a prorrogação apresentará o resultado final assim que conclusos.
Em ação social FNBF promove diversão e conhecimento ambiental para crianças carentes

As crianças puderam se divertir e aprender um pouco mais sobre o trabalho do setor de base florestal mato-grossense e brasileiro, através do game “Jogo do manejo” e do gibi “Floresta em pé com manejo é possível O fim de semana foi marcado pela a alegria e diversão aos que participaram do projeto Natal Popular neste sábado (19) no complexo Don Aquino em Cuiabá Mato Grosso. O evento foi promovido pela rede TV Pantanal e contou com a parceria do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal- FNBF e Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso- Cipem. Geraldo Bento Presidente do Fórum não pode participar do evento devido a outros compromissos de agenda, entretanto, parabenizou a iniciativa da emissora destacando ainda a importância de ações sociais desse porte. “Participar de ações sociais é sempre positivo, o Fórum e o Cipem aliou diversão e conscientização ambiental e apresentou a importância do manejo florestal sustentável, seja nas benesses da sociedade seja nas benesses das florestas nativas”, comentou. No stand do FNBF e Cipem as crianças puderam se divertir e aprender um pouco mais sobre o trabalho do setor de base florestal mato-grossense e brasileiro, através do game “Jogo do manejo” e do gibi “Floresta em pé com manejo é possível”. No gibi além de vários jogos como quebra cabeças e cruzadinhas, muita informação sobre a forma correta de se praticar o manejo florestal respeitando a natureza e tornando a floresta ainda mais produtiva. Já com o Jogo do manejo as crianças praticaram o manejo Florestal sustentável, assim cada jogador precisou colher a árvore correta, respeitando as portas sementes, as contidas na lista de espécies vulneráveis entre outras, com todas as regras respeitadas o “detentor de manejo” pode fazer uma colheita correta e vencer o jogo! No palco, o Cipem/FNBF convidou 10 crianças para explicar a importância de preservar a natureza! Após uma aula de boas práticas todos os participantes receberam um kit com o “jogo do manejo” gibi, e uma linda agenda do Cipem. A adolescente Juliana Amorim, explica que ficou impressionada com o trabalho do Cipem, sobre tudo, enfatizou a preocupação do setor em preservar a natureza através do manejo Florestal sustentável. “Tenho 16 nos e me preocupo muito com a questão ambiental do nosso país e agora pude perceber que tem alguém que trabalha para que a floresta permaneça saudável e tudo isso sem desmatar, espetacular o trabalho do FNBF e Cipem, sem dúvida são fundamentais no combate ao desmatamento brasileiro” comenta Juliana. Todos os visitantes do Stand levaram de presente os kits com o game, gibi, informativos e ainda uma linda agenda 2016 do setor de base florestal.
Estados produtores de madeira deverão se unir para manter atividade

Redução do Coeficiente de Rendimento Volumétrico compromete produção industrial e medida representa fechamento de portas de empresas madeireiras CRISTIANE OLIVEIRA Da assessoria A indústria florestal brasileira deverá encerrar 2015 com a incerteza de continuidade das atividades. Uma determinação do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), a Resolução 411/2009, que determina o percentual de aproveitamento da matéria-prima madeireira, propõe redução do saldo de resíduo madeireiro gerado na conversão de produtos brutos para processados em 10%, referentes às perdas na forma de serragem, pó de serra e outros. Os estados produtores de madeira mais afetados são: Mato Grosso, Rondônia, Pará, Acre e Amazonas. Atualmente até 45% de um metro cúbico de madeira pode ser aproveitado. A proposta é que esse índice desmorone para 35%. Em 2010 já houve mudança no coeficiente do aproveitamento, que era de 55 e foi reduzido para 45%. Já na época a determinação do órgão competente, o Ibama, criou um problema para muitas indústrias que tinham consolidado em seu processo produtivo um rendimento médio de 55%. Elas se viram obrigadas a apresentar ao órgão ambiental um laudo técnico para comprovar esse índice. O problema é que não se tem bem definida a metodologia correta para seguir ao realizar estudos o que fatalmente resultam em longo período de análise, onera sobremaneira as indústrias – em especial as de pequeno porte. O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Geraldo Bento, em Brasília (DF) explica: “o empreendimento apresenta o laudo/estudo mas não tem garantias de que será aprovado”. A proposta do Ibama foi conhecida no final de novembro, na véspera da reunião plenária do Conama, onde o Ibama e SFB apresentaram emenda propondo redução do Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV) de 45% para 35% sem nem mesmo discutir na câmara técnica correspondente. O presidente explicou que, temendo problema ainda maior com a aprovação da proposta, o setor pediu vistas do processo para analisar rigorosamente o impacto que a decisão causaria se aprovada sem a devida cautela. “Em recente reunião com os pareceristas não houve consenso, porém, o setor de base florestal que apresentou estudos técnicos aprovados com rendimento superior a 45% de diversas espécies, logo, no mínimo esse fato deve ser considerado para embasar a tomada de decisão”, considera Bento. O Ibama e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) alegam que reduzir o índice de rendimento atual para 35% não prejudica os empreendimentos que aproveitam mais a matéria-prima. Eles sustentam que qualquer indústria pode apresentar laudo técnico comprovando seu rendimento e que a transição não será feita instantaneamente. Os órgãos destacam ainda que a medida não é definitiva, pois, se comprovado o rendimento superior devido o índice oficial poderá ser revisto e alterado. Bento sugere que é o momento de união do setor florestal brasileiro. “Para que nossa proposta tenha força é importante que os estados produtores de madeira se mobilizem e que as empresas encaminhem seus estudos/laudos técnicos onde são comprovados seus índices de rendimento. Assim vamos confirmar o que estamos apresentando”, convoca o presidente do Fórum. PARA ENTENDER Hipoteticamente imaginando que uma indústria apresente estudo técnico propondo que seu rendimento seja superior aos 35% em discussão, estudo realizado nos moldes atuais e o órgão ambiental não aprove. A indústria continua sua atividade serrando/produzindo com seu ritmo normal com rendimento médio de 50%, de cada metro cúbico de toras ela terá autorizado apenas 0,350cm3 de madeira serrada quando deveria ter 0,500cm3 (meio metro cúbico). Então resta o questionamento sobre o que fazer com a diferença de 0,150cm3. Desta forma o empreendimento estará irregular permanentemente e ao ser fiscalizado o órgão ambiental o classificará como infrator.
Imaflora analisa o estágio das políticas e projetos de manutenção de floresta
O trabalho também é focado na biodiversidade e garantias às populações vulneráveis, além do REDD+ Por Painel florestal O estudo “REDD+ no Brasil: status das salvaguardas socioambientais em políticas públicas e projetos privados”, desenvolvido pelo Imaflora, com a colaboração do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e da Força Tarefa dos Governadores para Floresta e Clima, foi pensado diante da importância de conhecer e analisar as políticas e projetos existentes na área, nas esferas pública e privada, bem como os estágios em que se encontram, dada à urgência de impedir o avanço do desmatamento no Brasil e evitar o agravamento de suas consequências. O REDD+, explicado na publicação, significa a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa e contribuem para o aquecimento global, causados pela degradação e pelo desmatamento florestal. O sinal de + indica que políticas nessa direção pressupõem a manutenção e o aumento dos estoques de carbono, além do manejo sustentável das áreas de mata. As salvaguardas a que se refere o estudo são medidas no sentido de assegurar os direitos das populações tradicionais, dos povos indígenas ou de outra população vulnerável e ainda de contribuir para o aumento da biodiversidade, com base em um sistema de governança robusta e transparente. No entender do Imaflora, trata-se de um instrumento fundamental não só para contribuir com a conservação da floresta, mas também como um vetor de desenvolvimento sustentável regional e estratégia essencial para o sucesso das metas brasileiras para os cortes das emissões em 43% até 2030. No entanto, a execução de medidas a esse respeito no país, na esfera pública, ainda não ganharam a escala desejada, enquanto empresas privadas lideram iniciativas nesse sentido. “As razões para a lentidão nos estados e no nível federal devem-se, sobretudo à falta de políticas de REDD+ estruturadas e pela lacuna na continuidade das ações implementadas a cada mudança de governo. Por isso, consideramos importante conhecer, analisar e compartilhar as informações sobre a presença de salvaguardas socioambientais e as iniciativas de REDD+ em andamento e seus diversos estágios. Entender os marcos legais, seus aspectos sensíveis e como podem ser integrados, na medida do possível”, diz Maurício Voivodic, engenheiro florestal e secretário executivo do Imaflora, coautor do estudo, ao lado de Marina Piatto, Bruno Brasil e Junia Karst, todos da equipe do Instituto. A publicação se detém na abordagem do status das salvaguardas de cada iniciativa de REDD+, nas duas esferas, na pública, nas quais os estados do Acre e do Mato Grosso mostram as experiências mais maduras, e nos 16 projetos implementados pela iniciativa privada no Amapá, Rondônia, Roraima, Amazonas, Tocantins e Pará, além dos dois estados já mencionados. Em seu último capitulo “REDD+ no Brasil: status das salvaguardas socioambientais em políticas públicas e projetos privados”, aponta recomendações, entre as quais, o fortalecimento da participação e do controle social, o respeito à cultura e às tradições das populações locais ou vulneráveis e um sistema que inclua a repartição igualitária dos benefícios obtidos pelas políticas de REDD+. Sobre o Imaflora O Imaflora é uma Organização Não Governamental, brasileira, criada em 1995, a partir dos debates sobre a importância da conservação da floresta tropical, intensificados a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente. Trabalha para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e para gerar benefícios sociais nos setores florestal e agropecuário. É acreditado ao FSC® Forest Stewardship Council® (em português, Conselho de Manejo Florestal) e é certificador da Rainforest Alliance CertifiedTM/ Rede de Agricultura Sustentável, no Brasil. Tem atuação nacional e participação em fóruns internacionais, com sede em Piracicaba, interior de São Paulo. Saiba mais em www.imaflora.org
Exposição defende o uso da madeira como matéria – prima na arquitetura moderna em construção civil, FNBF apoia o evento

O evento que teve inicio em 11 de novembro seguirá com as amostras até 13 de dezembro Oziane Rodrigues – Assessoria FNBF Com o objetivo de mostrar que o uso sustentável da madeira na construção civil é possível não apenas na construção básica mais também como matéria-prima para estruturas modernas e contemporâneas a WWF-Brasil em parceria com a Univers Design promove entre os dias 11 de novembro á 13 de dezembro em Brasília- DF, a feira “Madeira na Arquitetura do Século XXI”. A abertura do evento que contou ainda com a presença do Fórum Nacional das Atividades de Base Floreal – FNBF teve a exposição composta por 11 maquetes de obras e 24 painéis retratando diversos países: Japão, Chile, Estados Unidos, Áustria, Nova Zelândia, Suíça e Inglaterra. Elas mostram casas em árvores, restaurantes, centros comunitários, escritórios, apartamentos, estúdios de fotografias, vinícolas, pontes, museus e passarelas feitos com madeira. O presidente do FNBF Geraldo Bento ressalta que o encontro também demostrou que o setor que hoje movimenta cifras milionárias e abastece indústrias em diversos ramos, como a de papel/celulose e a moveleira, precisa de fomento para que uso e abastecimento da madeira na construção civil se torne economicamente viável para ambos os lados. Segundo ele estudos apontam que apesar de o Brasil possuir a maior e mais diversificada floresta do mundo, e de ser o 4º maior produtor mundial de produtos florestais, a destinação desses produtos para a construção civil ainda é irrisória. Do total da madeira produzida aproximadamente 53% é destinada a lenha e carvão que possuem baixo valor de mercado e 1,53 bilhões de m³ são destinados a transformação industrial. Destes cerca de 60% vão para processamento mecânico, 27% para papel e celulose e 13% para a fabricação de painéis reconstituídos, sobrando apenas cerca de 6,9% de destinação a construção civil. “O grande problema enfrentado pelo setor é a falta de incentivo e fomento governamental, aliado a uma má crença de que a madeira não tem durabilidade essencial para este fim. As pessoas desconhecem a potencialidade e durabilidade da madeira. E esse evento da WWF, vem de encontro ao que o setor precisa para desmistificar todos os mitos que norteiam essa ramificação. Com o fomento e a parceria do Governo os industriais madeireiros poderão atingir esse crescente mercado de forma sustentável e legal”, enfatiza o presidente. O arquiteto, proprietário da Univers Design e curador da exposição Marcelo Aflafo, destaca que um dos grandes objetivos desta iniciativa é mostrar para a sociedade, as possibilidades de uso da madeira em projetos de engenharia e arquitetura. “A madeira é um instrumento de técnica e linguagem, que minimiza impactos ambientais, traz uma ideia de futuro interessante e inspiradora para os projetos. Ela tem ainda uma beleza e plasticidade enormes, sendo um material riquíssimo para uso na arquitetura”, explicou. Marcelo enfatizou as palavras do presidente dizendo ainda que o uso de madeira em estruturas arquitetônicas é uma realidade muito forte no exterior – mas, inexplicavelmente, pouquíssimo praticado no Brasil.
Simpósio mostra que uso da madeira é a melhor alternativa para a construção civil
Nos próximos dois dias, profissionais da construção civil e do setor florestal estarão reunidos em Curitiba para participar do 3º Simpósio Madeira & Construção. Em pauta, o desafio de retirar da mente da sociedade brasileira o medo de não construir com madeira – fato que ocorre nos países de primeiro mundo, mas que no Brasil ainda é visto com certa desconfiança. O Painel Florestal conversou com Carlos Mendes, diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), que prevê uma mudança de mentalidade no País, sobretudo por se tratar de construções sustentáveis com madeira de floresta plantada. Confira a entrevista. Painel Florestal – O que a Apre pretende fazer para mostrar à sociedade que a construção com madeira é ecologicamente correta? Carlos Mendes – A Apre vem abordando o tema de todas as formas possíveis para estimular a utilização de fontes renováveis na construção civil. Em todos os eventos que realizamos, como o 3º Simpósio Madeira & Construção, sempre divulgamos as vantagens construtivas e os benefícios da madeira. Costumamos dizemos que a atividade florestal é a atividade que retira CO2 da atmosfera e que evita o efeito estufa. E ela precisa ser realmente reconhecida como uma atividade essencial para a qualidade de vida do ser humano. Queremos mostrar que utilizar a madeira de florestas plantadas é usar uma matéria-prima nobre, sustentável e ambientalmente recomendada. O Simpósio, em especial, vai apresentar aos participantes as soluções construtivas, as atualidades e a potencialidade do uso da madeira de florestas plantada na construção civil, bem como seus benefícios ambientais. Diversos profissionais com ampla experiência na área irão fazer palestras para mostrar as boas práticas e as tecnologias existentes para a construção com madeira. Painel Florestal – Para a construção civil, quais as madeiras devem ser utilizadas? Carlos Mendes – A madeira de floresta plantada, porque vem de uma fonte renovável e é um importante meio para se retirar o CO2 da atmosfera. Painel Florestal – A construção com madeira é muito popular em diversos países do mundo. Por que isso ainda é um tabu no Brasil? Carlos Mendes – A madeira é utilizada na construção civil em países como Estados Unidos, Chile e o Japão e países da Europa, justamente por se tratar de um material renovável e que ajuda o meio ambiente. Esses países seguem avançando na discussão e buscando novas tecnologias. Porém, aqui no Brasil, ainda falta divulgação quanto aos benefícios do uso da madeira. Também faltam políticas públicas e é preciso incluir o sistema construtivo com madeira no escopo de financiamento oficial. Se isso acontecesse, seria possível aumentar a construção de novas moradias. Painel Florestal – Na sua opinião, por que o brasileiro resiste tanto às construções com madeira? Carlos Mendes – O grande obstáculo, hoje, é a questão cultural. A falta de conhecimento das pessoas ainda é uma barreira para que o setor possa evoluir. A sociedade de maneira geral tem muito preconceito com relação à durabilidade, manutenção e segurança da madeira. Mas isso não é verdade. A tecnologia aplicada nesse tipo de construção hoje é moderna e garante conforto térmico e acústico, resistência, segurança e muito mais. Painel Florestal – Quais são os próximos passos? Carlos Mendes – A Apre, em parceria com as universidades e as empresas do setor florestal, vai continuar promovendo eventos que destaquem os benefícios do uso da madeira. Em outubro, teremos a quinta edição do Congresso Florestal Paranaense, que vai tratar das novas tecnologias florestais. Além disso, em março de 2016 todos os olhos do mundo estarão voltados para Curitiba quando o assunto for o setor florestal, porque a capital paranaense vai receber o principal evento internacional do segmento, que é o SWST, além de dois eventos nacionais de grande importância, o EBRAMEM e a 2ª Expo Madeira & Construção. A semana será o maior evento mundial deste gênero no ano. Isso quer dizer que entre os dias 06 e 12 de março de 2016, vamos receber os melhores pesquisadores e projetistas de construção com madeira do mundo, o que vai ajudar a fortalecer o nosso setor. Da redação – Painel Florestal