Ministro Sarney Filho recebe representantes do setor de base florestal do Pará

Por Assessoria de Comunicação FNBF Um grupo de representantes do setor de base florestal do estado do Pará, bem como do Poder Executivo, com apoio do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), se reuniu com o Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, para discutir, entre outras pautas, a regulamentação do processo de bloqueio e desbloqueio das empresas, que tem gerado inúmeros prejuízos às indústrias e desestabilização do mercado. O encontro, realizado no último dia 12, foi solicitado pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), em articulação com os representantes do setor. Estiveram presentes na reunião a presidente em exercício do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo; o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do estado do Pará (Sedeme-PA), Adnan Demachki; o secretário de estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas-PA), Luiz Fernandes Rocha Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor), Thiago Valente Novaes; o superintendente executivo do FNBF, Valdinei Bento dos Santos e representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Desde o início do encontro o Ministro reconheceu a importância do setor de base florestal no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que teve um aumento considerável nos últimos dois anos, e confirmou a intenção de diálogo permanente com o setor. Segundo ele, o combate estrutural ao desmatamento é feito através da valorização de alternativas econômicas sustentáveis, como as atividades do setor de base florestal, que permitem, ao mesmo tempo, conservar e produzir. “Agora nós temos recompostas as finanças do Ibama e estamos trabalhando também no aprimoramento tecnológico do órgão. Essa discussão é importante para que a gente possa se alinhar nessas melhorias e no processo de valorização da legalidade no setor florestal. Precisamos pensar juntos a sustentabilidade do setor e fortalecer a parceria para acabar com o desmatamento ilegal”, reforçou Sarney Filho. Nesse sentido, o primeiro ponto de pauta foi a criação de um Grupo de Trabalho (GT) permanente para discutir questões ambientais do estado do Pará. O FNBF fará parte do GT representando o setor florestal. Para que ele seja instituído faltam apenas duas indicações que devem ser encaminhadas em breve. Bloqueio e desbloqueio das empresas pelo Ibama De acordo com os representantes da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), o setor de base florestal no estado está entrando em solvência. Muitas empresas estão encerrando suas atividades e outras já demitiram boa parte dos funcionários. O maior problema é que quando o Ibama bloqueia um plano de manejo, hoje em dia, ele bloqueia totalmente também a empresa que comprou o plano de manejo, o que equivale a um embargo da empresa. Por isso, uma das pautas mais importantes do setor é a regulamentação do processo de bloqueio e desbloqueio de empresas, prevendo o bloqueio parcial e, quando necessário, procedimento para agilizar o desbloqueio. O Presidente da Aimex, Carlos Roberto Pupo, fez uma retomada histórica da indústria do setor florestal no Brasil e chamou atenção para o fato de que, hoje, esta indústria é a única no país que está totalmente ligada e é gerida pela pasta de meio ambiente. “No Brasil, quem legisla sobre o manejo florestal é o Ibama, e quem legisla sobre como a indústria florestal funciona também é o Ibama. Isso prejudica o crescimento do setor, que tem necessidades específicas enquanto indústria”, afirmou Pupo. Ele lembrou que o bloqueio de uma empresa é uma atitude extrema, um último recurso no caso de irregularidade. No entanto, em sua opinião, a medida que deveria ser exceção está sendo utilizada sem controle, gerando prejuízos e centenas de desempregos na região. “As indústrias estão dentro da legalidade, tem plano de manejo e todas as exigências, aí chega o Ibama e bloqueia. E para desbloquear é a maior dificuldade! Do jeito que as coisas estão, me parece que o recado é para que a gente não invista mais e feche logo as portas. Não existe a menor condição de as coisas continuarem assim!”, destacou o empresário. “Nós contribuímos muito com a economia e com a conservação da floresta no Brasil. Nossa indústria precisa ser tratada com mais respeito. É preciso rever o procedimento do bloqueio e, principalmente, agilizar o procedimento de desbloqueio quando se identifica e resolve o problema. Atualmente, não vejo nenhuma indústria que consegue ser desbloqueada em menos de 45 dias. É um absurdo uma empresa ficar mais de um mês parada porque o processo não anda!”, desabafou. O caso do empresário Idacir Peracchi é ainda mais grave. Ele se emocionou ao contar que uma de suas empresas foi bloqueada e multada por causa de um auto de infração gerado a partir do registro errado da placa de um caminhão por parte do funcionário do Ibama. Outra de suas empresas está bloqueada a mais de 80 dias e o processo de desbloqueio não anda. “Falta muito respeito por nós. Eu já fechei uma empresa por causa disso e tive que demitir mais de 100 funcionários. Nossas empresas são legalizadas e corretas. Só queremos poder trabalhar!”, concluiu emocionado. Já a advogada que representa as empresas do município de Novo Progresso, Bárbara Rufino, contou que na região existem empresas bloqueadas desde o mês de julho de 2016 e que o processo, cuja jurisdição é na Gerência do Ibama de Santarém (oeste do estado) não caminha. “Os empresários estão em via de falência. Alguns estão pagando multa diária de 200 dólares por metro cúbico de madeira, com produto parado no porto. A gente precisa de uma resposta. Quem paga essa conta, afinal?”, frisou a advogada. O presidente do FNBF, Geraldo Bento, cobra a resolução da questão. “É inadmissível que a má condução das questões ambientais continue impedindo a produção e comercialização dos produtos florestais no Brasil. Precisamos que os líderes dos órgãos responsáveis, ao invés de justificar os problemas atuais remetendo a culpa às gestões anteriores, encontrem soluções que resolvam definitivamente esse engessamento contínuo do setor de base florestal. Basta!”, reforçou. Sarney Filho se mostrou solidário ao que ele
Artigo: Construções em madeira e Mudanças Climáticas

Por Ricardo Russo, Analista de Conservação do WWF-Brasil Há alguns anos, setores da política, da economia e da ciência mundial vêm se debruçando sobre a questão das severas alterações ambientais que ocorrem na Terra e acenam para um desastre ecológico nos próximos anos. Já não se pode discutir se as mudanças climáticas geradas pela emissão de gás carbônico na atmosfera vão ou não acontecer, mas sim quais as providências que teremos de tomar para reduzir os efeitos do aquecimento global provocados por essas emissões sobre o nosso planeta. A construção civil é uma das atividades humanas que mais consome recursos naturais. Estima-se que entre 40% e 75% dos recursos existentes são consumidos por esse setor no mundo. Só no Brasil, a construção gera cerca de 25% do total de resíduos da indústria e 60% do lixo sólido das cidades. Em relação às emissões de carbono, a cadeia produtiva da construção também tem grande peso. Segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por 40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) relacionadas ao consumo de energia. Por outro lado, temos no Brasil, segundo dados veiculados pelo Valor Econômico, em outubro de 2014, um déficit de 6 milhões de moradias, déficit que deverá chegar a 24 milhões em 2014, exigindo um investimento na faixa dos R$76 bilhões ao ano para acompanhar essa demanda por habitações descentes para a população. Dessa forma, a construção civil terá que colocar em sua agenda as mudanças tanto no processo de concepção e implementação de edifícios, bem como na operação desses empreendimentos. A era do desperdício se encerrou. Precisamos evoluir para construções mais limpas, que utilizem matérias-primas renováveis e materiais atóxicos e que, ao mesmo tempo, levem em consideração a gestão de resíduos e a eficiência no uso dos recursos naturais, água e energia, além da urgente redução de emissões de CO2. A opção por sistemas construtivos em madeira, com destaque para aqueles com alta tecnologia embarcada, é a opção que mais responde a essas necessidades. Além dessa capacidade de armazenar o carbono absorvido pela árvore, a madeira é o material com menor energia embutida. Segundo a pesquisadora Christine Laroca, a madeira serrada traz embutida em cada metro cúbico produzido, 350 KWH, ao passo que o cimento embute 1750 KWH por cada metro cúbico. O gráfico abaixo, produzido pela Tecverde apresenta o comparativo de conservação de recursos naturais na comparação de uma obra em woodframe e uma construção em aço. Dessa forma, é preciso romper o preconceito que foi criado em torno das construções de madeira e efetivamente especificar e pedir que seja especificada a madeira em obras públicas e privadas. O WWF produziu uma série de cinco vídeos curtos que respondem, de forma geral, as principais questões sobre o uso da madeira na construção e que se encontram disponíveis em www.wwf.org.br/madeiraelegal. O governo brasileiro apresentou em dezembro de 2008 o Plano Nacional sobre Mudança do Clima em cerimônia no Palácio do Planalto, que visa incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de ações de mitigação no Brasil, colaborando com o esforço mundial de redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como objetiva a criação de condições internas para lidar com os impactos das mudanças climáticas globais (adaptação). Assumimos compromissos de redução de emissões nas últimas COP’s. A construção civil está no foco e pode dar mais soluções do que imagina; e a adoção de sistemas em madeira pode ser uma das respostas.
Websérie: “Tudo o que você queria saber sobre madeira”

Série de vídeos produzidos pelo WWF-Brasil buscam desmistificar alguns pré-conceitos em relação ao uso sustentável da madeira na construção civil. Por Assessoria de Comunicação Cipem-MT A websérie “Tudo o que você queria saber sobre madeira” é formada por cinco vídeos, voltados ao público não especializado, com o objetivo de esclarecer as vantagens do uso responsável da madeira certificada na construção covil. Os vídeos, produzidos pelo WWF-Brasil, mostram, por exemplo, que utilizar madeiras em obras não é mais caro e que, ao contrário do que a maioria imagina, estruturas de madeira não queimam mais fácil. Utilizada da maneira adequada nos sistemas construtivos, a madeira pode ajudar na gestão e conservação das florestas brasileiras; auxilia na manutenção da biodiversidade; gera benefícios econômicos; e é uma ferramenta de equilíbrio ambiental no combate aos prejuízos causados pelas mudanças climáticas, já que a madeira estoca carbono que seria lançado na atmosfera e agravaria os problemas climáticos existentes hoje. Segundo a U.S. Energy Information Administration (EIA), órgão estadunidense que trata de políticas energéticas, o setor da construção civil, no mundo inteiro, consome cerca de 40% da energia elétrica gerada em todo o planeta. Outros dados estimam que este mesmo setor gera 60% de todo o lixo sólido do mundo e 47% das emissões de gases de efeito estufa da Terra. Diminuir essa demanda de consumo de energia e de geração de lixo e de emissões contribui com a saúde de nosso planeta e com a manutenção da vida na Terra. A madeira reduz o tempo de construção das obras, promove a diminuição de resíduos nos canteiros e dá um efeito visual diferenciado às estruturas que compõe. Ela também é um material mais leve, de fácil manuseio e totalmente reaproveitável. Os vídeos, que disponibilizamos a seguir, podem ser vistos também no recém-lançado site do Programa Madeira Legal , um protocolo de intenções, assinado por 26 instituições do país que busca incentivar o uso da madeira certificada na construção civil brasileira. Confira os vídeos e compartilhe essa ideia! Por que usar madeira na construção civil? É mais caro construir com madeira? Dá pra fazer grandes obras em madeira? Construções de madeira precisam de mais manutenção e pegam fogo mais fácil? Dá pra usar madeira e mesmo assim conservar a Amazônia? Com informações da WWF-Brasil
Alta tecnologia em Madeira

Já é no fim do mês de novembro a última rodada do ciclo de palestras com o tema “Madeira na Construção: Material do Futuro”. Por Assessoria de Imprensa Cipem Brasília (DF) – Será realizada, no dia 25 de novembro, a palestra “Alta tecnologia em madeira”, que fecha o ciclo de palestras “Madeira na Construção: Material do Futuro”, uma parceria entre o WWF-Brasil e o Shopping Casa Park. Voltadas para arquitetos, engenheiros e urbanistas – mas abertas a qualquer outro profissional interessado – as palestras tem como objetivo apresentar os benefícios do uso da madeira na construção civil, que alia o uso sustentável da floresta, qualidade de vida e proteção do meio ambiente. Outras vantagens da madeira em sistemas construtivos: é um material mais leve, reduz o tempo de construção de obras, promove a diminuição do tempo do canteiro de obras e dá efeito visual diferenciado às estruturas que compõe. A palestra será seguida por visita técnica, que vai levar os inscritos a conhecer estruturas diferenciadas feitas com madeira – onde a aplicação e benefícios desta matéria-prima poderão ser vistos na prática. Programação A palestra “Alta tecnologia em madeira” será proferida pelos palestrantes Jaime Almeida, Ivo Mareines e pelo docente convidado, Ivan do Valle, no dia 25 de novembro, no auditório da Livraria Cultura do Shopping Casa Park, em Brasília. A programação terá início às 19h. As inscrições são gratuitas, feitas na hora e por ordem de chegada. A programação, no entanto tem vagas limitadas: o auditório tem capacidade para 150 pessoas. No dia 26 de novembro, será realizada a visita técnica, das 8h às 12h, no CPAB e no Parque de Exposição de Brasília. As inscrições podem ser feitas pelo email: contato@spirale.arq.br. As vagas são limitadas.
MAM é uma frente pela conservação

O Mosaico possui mais de 7 milhões de hectares e conta, em sua composição, com a representação de 40 Unidades de Conservação federais e estaduais. Assessoria de Imprensa CIPEM O Mosaico da Amazônia Meridional (MAM) é uma iniciativa de gestão territorial que busca somar recursos, esforços e capacidades das equipes responsáveis por várias Unidades de Conservação federais e estaduais existentes em áreas do Sul do Amazonas, Norte e Noroeste do Mato Grosso e Oeste de Rondônia. Não por acaso, a região é conhecida como “Arco do Desmatamento” devido aos inúmeros problemas ambientais existentes na área, como queimadas, garimpo, grilagem, entre outros. O propósito maior desse trabalho é evitar que essas pressões ambientais ‘subam’ para o Norte do Brasil. O Conselho Consultivo do Mosaico da Amazônia Meridional (CCMAM), formado por mais de vinte instituições do governo e da sociedade civil, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM) integra o conselho; delibera, discute e encaminha atividades, propostas e sugestões de trabalhos de conservação para aquela área. Em 2016, a realização de reuniões frequentes e do processo de reconhecimento e de funcionamento do conselho já mostra resultados positivos, como explica Lourdes Iarema, presidente do CCMAM, “a aproximação e o fortalecimento das instituições na integração e no desenvolvimento de agendas conjuntas, como o que ocorre entre Sema e ICMBio em diversas atividades de uso público e monitoramento de proteção, por exemplo, fortalece as atividades do conselheiros e das instituições que compõe o CCMAM”. Por meio do mosaico, os gerentes das unidades de conservação e entes públicos como secretarias estaduais de Meio Ambiente, em conjunto com o governo federal, podem compartilhar recursos e executar ações em parceria, otimizando a gestão do território. Desse modo, fica mais fácil e mais barato realizar atividades de educação ambiental, sinalização, fiscalização e monitoramento, por exemplo. Uma das grandes conquistas do Mosaico da Amazônia Meridional, em 2016, foi a realização do Workshop Nacional dos Mosaicos de Áreas Protegidas, em Brasília, que possibilitou a integração entre diferentes instituições governamentais e não-governamentais para reativar as discussões sobre esse modelo de gestão. “Nesse evento, ficou clara a importância de se fortalecer os mosaicos de áreas protegidas no Brasil. A gestão de territórios integrados valoriza todos os aspectos da sociobiodiversidade, conserva a natureza e o desenvolvimento sustentável”, analisou Lourdes Iarema. Em 2017, o CCMAM pretende realizar o Encontro de Mosaicos do Norte do Brasil, que visa fortalecer as discussões do modelo de gestão integrada, através de mosaicos. “Temos a expectativa de consolidar ações, replicar as já consolidadas e queremos que a organização do conselho seja melhor estruturada, visualizando a captação de recursos e a manutenção financeira do MAM”, finaliza Lourdes. Conheça o Mosaico O Mosaico Amazônia Meridional foi reconhecido pelo Governo Federal através da portaria Nº 332, de 25 de agosto de 2011 do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Integram o Mosaico da Amazônia Meridional, uma extensa área: são 2,6 milhões de hectares no Mato Grosso (37,4% do total); 2,4 milhões no Amazonas (34,7% do total); áreas federais que somam 1,3 milhões de hectares (19,5% do conjunto) e 550 mil hectares em Rondônia (8% da área total). Estão inclusos no mosaico, unidades como o Parque Nacional do Juruena no Mato Grosso, as nove Unidades localizadas no Sul do Amazonas que compõem o Mosaico do Apuí e a Reserva Extrativista Garrote, em Rondônia.
Construção Sustentável no Piauí

Lei estadual estabelece que obras públicas adotem critérios de sustentabilidade ambiental, eficiência energética, qualidade e procedência de materiais. Por Portal Madeira e Construção Teresina (PI)/ Foto: Juscelino Reis A madeira pode ganhar espaço nas obras públicas do Estado do Piauí. Isso porque uma lei, sancionada em outubro pelo governador Welligton Dias, passa a exigir que obras públicas locais adotem medidas sustentáveis na construção civil. De acordo com o texto da lei, o objetivo é assegurar a proteção do meio ambiente. Entre as medidas exigidas, algumas apontam para a possibilidade do uso da madeira nas construções como eficiência energética, conforto e qualidade interna dos ambientes, gestão dos resíduos sólidos, preferência a materiais compostos de substancias não tóxicas, não utilização de insumos que possam poluir o meio ambiente ou cuja produção seja ecologicamente imprópria. A madeira aparece em destaque na lei, quando da definição dos materiais que devem ser empregados. O texto fala no uso de madeiras certificadas (com origem comprovada por meio de certificados emitidos por organismos autorizados) e de florestas plantadas, que apresentem manejo sustentável. O artigo sexto enfatiza que as obras que empreguem madeira somente serão aprovadas se houver a devida comprovação da procedência da matéria-prima. Confira a Lei na íntegra, publicada no dia 20 de outubro: http://www.diariooficial.pi.gov.br/diario.php?dia=20161020
Construções de madeira atingindo novas alturas

Este artigo assinado pela Associação Canadense de Produtos Florestais, pelo Conselho Canadense de Madeira e pela FPInnovations mostra como a corrida para saber qual país construirá o prédio mais alto do mundo pode gerar impactos positivos na comunidades. Você não vai ler sobre isso na seção de esportes em breve, mas um número de cidades canadenses está competindo em uma corrida global de alto risco que afetará diretamente as pessoas das nossas comunidades. As cidades – incluindo Vancouver, Toronto, Montreal e Quebec – estão competindo em uma corrida incrível contra uma série de cidades ao redor do mundo para construir os edifícios mais altos em madeira. Em Vancouver, por exemplo, um prédio de 18 andares para estudantes na University of D.C já está em construção e, em breve, será um dos mais altos edifícios híbridos de madeira maciça no mundo. Na cidade de Quebec, foi iniciado em meados de junho um condomínio de 13 andares que irá incluir 12 andares de madeira. Não há nenhum mistério nisto. Construtores sempre tiveram grande consideração por produtos de madeira, porque são amplamente disponíveis e de baixo custo, e proporcionam uma construção rápida, além de serem fáceis de usar e duráveis. A procura, é claro, vem crescendo. Mas a sua popularidade tem aumentado nos últimos anos por outras razões. Primeiro de tudo, eles são ótimos para o meio ambiente. Os produtos florestais são, naturalmente, sustentáveis, e árvores atuam como um “vácuo” da natureza, porque absorvem carbono, reduzindo, assim, os gases de efeito-estufa que levam à mudança climática. Árvores, em geral, absorvem mais carbono quando são jovens e em crescimento e se tornam emissores à medida que envelhecem. Porém, quando são transformadas em produtos de madeira, no entanto, o carbono é sequestrado. Em segundo lugar, a inovação no setor dos produtos florestais tem feito da madeira, sempre popular entre os consumidores, ainda mais atraente para os construtores. Uma dessas inovações, a madeira laminada colada (Cross-laminated Timber – CLT) é particularmente importante nesta tendência de grandes edifícios de madeira. CLT é um painel de madeira multicamadas, onde as camadas são empilhadas perpendicularmente e depois coladas em conjunto com prensas hidráulicas ou a vácuo. Da perspectiva de um construtor, o resultado final é um material que é mais rápido e menos oneroso de usar, mais forte, capaz de ser transformado em painéis resistentes ao tempo (não importa o clima), e sustentável. Além de tudo isso, já que eles têm peso e a força do aço, painéis CLT têm se mostrado resistentes tanto ao fogo, quanto a terremotos, tornando esta inovação superior em muitas aplicações para produtos concorrentes. Nenhuma surpresa, então, que não são apenas os construtores e comunidades canadenses que estão começando a despertar para os muitos benefícios da madeira. Em Londres, na Inglaterra, uma torre de madeira de 100 andares foi proposta. Em Estocolmo, um edifício de 40 andares, e novas grandes construções de madeira na Austrália, Áustria, Noruega e os Estados Unidos estão surgindo, só para citar alguns. Mesmo que a maioria das comunidades canadenses ainda não tenha adaptado seus códigos de construção para permitir estruturas de madeira para além de quatro ou seis andares, a madeira está claramente ganhando terreno. Alterações de código que permitam o uso de quadros de madeira e madeira maciça em edifícios de até seis andares de altura, que foram incluídos na versão 2015 do Código de Construção canadense, foram adaptadas e adotadas por Ontário, Quebec e Alberta. British Columbia adotou uma disposição semelhante em seu código de construção em 2009. Alterações dos códigos de construção nacionais para edifícios de madeira de até 12 andares, envolvendo o uso de madeira maciça, foram propostos pelo Conselho de Madeira do Canadá. Quebec tem liderado o caminho sobre este assunto a partir do desenvolvimento de um código alternativo para estes tipos de edifícios. Assim, a madeira está atingindo novos patamares – e por todas as razões corretas. O ministro dos Recursos Naturais, Jim Carr, disse a respeito dos investimentos federais em madeira: “(Eles) levam às mais limpas práticas de construção e são mais sustentáveis. Ao mesmo tempo, promovem a criação de oportunidades de emprego no setor florestal. Ideias inovadoras e empreendedoras como estas são parte integrante de nossa luta contra as alterações climáticas.” O Canadá está pronto para um bom início na corrida para fazer edifícios de madeira mais altos. Para o bem da nossa indústria de produtos florestais, das mais de 200 comunidades canadenses cujas economias dependem dela, 237.000 funcionários e nosso ambiente, vamos esperar que cruzemos a linha de chegada o mais rápido possível. Derek Nighbor é CEO da Forest Products Association of Canada (Associação Canadense de Produtos Florestais); Michael J. Giroux é presidente do Canadian Wood Council (Conselho Canadense de Madeira); e Pierre Lapointe é presidente e CEO da FPInnovations. Tradução: Maureen Bertol para o Portal Madeira e Construção
ARTIGO: Plantar responsabilidade no presente e colher bons frutos no futuro

Dia da Árvore Datas comemorativas sempre nos remetem a buscar no fundo no baú das memórias o que elas representaram em nossas vidas ou se de alguma forma nos levam questionamentos ou reflexões. Hoje, 21 de setembro, Dia da Árvore, é um dia que me faz pensar sobre todos esses significados da árvore na linha de nossa existência. No Brasil, o Dia da Árvore é comemorado em 21 de setembro em função da proximidade da primavera, que tem início no dia 23. É nesta estação que as árvores ficam repletas de folhas verdes e, em muitas delas, surgem lindas flores. Conscientizar as pessoas sobre a importância das árvores para o meio ambiente e melhoria da qualidade de vida é o principal objetivo da data. Entendendo isso não é difícil ligar aquilo tudo que vimos durante nossa vida sobre matas, florestas, desmatamento – e tantos outros assuntos relacionados – ao que se pratica atualmente. Num determinado momento da história percebemos que para criar cidades e desbravar novas áreas a ordem era abrir clareiras nas florestas. Ali, as árvores deram lugar ao desenvolvimento de tantas cidades. Curiosamente, isso aplica-se à história de Mato Grosso, na “Marcha para o Oeste”, projeto dirigido pelo governo Getúlio Vargas no período do Estado Novo, para ocupar e desenvolver o interior do Brasil. É público e notório entre os pioneiros que o Governo Federal oferecia vários atrativos para as famílias trocarem o Sul e Sudeste do país pelo Centro-Oeste. A ordem era que em um curto prazo de tempo a região composta por árvores desse lugar às edificações urbanas, surgindo assim as 40 primeiras cidades de Mato Grosso. Na região do Rio Arinos, outra ordem estabelecida era que os pioneiros limpassem completamente o que hoje conhecemos como mata ciliar. Segundo os mesmos, o Departamento Nacional de Saúde creditava à mata próxima ao rio as doenças como a malária, que ceifou muitas vidas à época. Não precisamos ir muito longe em nossas memórias, para nos lembrarmos de fatos ligados à nossa infância relacionados a abertura deliberada de grandes áreas para pastagens e lavoura. Era determinante desenvolver a qualquer custo, conforme o slogan da Marcha, o “integrar para não entregar”. Porém os tempos mudaram, o desenvolvimento ainda é necessário, mas agora associado ao princípio do desenvolvimento sustentável. Hoje a palavra de ordem é “conservação”, que de forma simples traduz-se em “usar com racionalidade os recursos naturais”, em especial aquela que hoje vive seu dia de comemoração – a árvore. E uma das formas que melhor representa um uso sustentável das árvores é a atividade de manejo florestal sustentável. Por meio do manejo florestal sustentável oferta-se ao mercado consumidor um produto de alta qualidade, durabilidade, resistência e renovável, ou seja, traduz o que o mundo espera de comportamento em relação às florestas. É exatamente nesse eixo que entra o setor produtivo da cadeia da madeira, uma parcela forte da indústria, com cunho desenvolvimentista e empreendedora da economia que atua diretamente ligada às florestas, com a clara consciência que a roda da evolução vai parar de girar se a consciência da conservação não imperar. E esse é nosso papel: fomentar a economia industrial florestal e toda a sua cadeia produtiva, com atitudes conservacionistas, de forma a manter nossas florestas em pé. Vale mencionar que não se discute a importância das áreas de pastagens e de agricultura, mas também a florestal em pé. O setor de base florestal nacional tem atualmente um sistema de inteligência que busca aperfeiçoar, apurar, otimizar e promover melhoramento dos entes envolvidos com a floresta, de maneira tal que a produção seja sustentável no presente e para as futuras gerações, pois é esse legado que deixaremos para nossos filhos, netos… Hoje é sim um dia de plantar árvores e ensinar aos nossos pequenos (nosso futuro) a importância de conservar, mas mais que isso, é um dia de fundamentar inteligentemente estratégias que garantam a sustentabilidade de nossas florestas e as mantenham cumprindo seu papel de gerar vidas! *GERALDO BENTO Empresário do setor de base florestal em Juína (MT), presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal e diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de Mato Grosso (Cipem)
Sarney Filho promete solução para prorrogação da redução do CRV

Na tarde de ontem líderes e representantes do setor de base florestal nacional reuniram-se com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho para discutir a prorrogação do prazo de protocolo do Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV) que vence em 05 de outubro, para que o setor não perca o índice praticado atualmente que é de 45% até que o estudo seja efetivamente analisado pelo órgão ambiental competente. Ainda em pauta a cobrança da publicação imediata da alteração da Instrução Normativa 021/2014 que aprova variação de 10% nas medidas finais dos produtos madeireiros, acatada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ainda não aplicou a mudança à norma que regulamenta o assunto. Essa alteração evita que cargas de madeira sejam apreendidas por divergência de nomenclatura. A agenda foi solicitada pelo deputado federal Alan Rick (PRB/Acre) e também estiveram presentes: a presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), Adelaide de Fátima Gonçalves de Oliveira; o superintendente executivo do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Valdinei Bento dos Santos; o chefe de gabinete do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Ângelo Ramalho; o secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Edson Duarte e Paulo Prudente Fontes, do Serviço Florestal Brasileiro. Alan Rick deu início ao encontro falando que estão sendo realizados estudos nas indústrias do Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia para identificar a capacidade de aproveitamento da tora no processamento da madeira. Disse ainda que é preciso clareza no processo e maior prazo para realizar os estudos devido ao fato de não haver toras o suficiente nos pátios. Fátima Gonçalves destacou que quando foi discutida a Resolução não se considerou que o verão inicia-se em maio e em alguns locais em junho/julho, pois para cada espécie é aconselhável serrar 30 indivíduos para obter o coeficiente médio e, no Estado do Acre, trabalha-se com aproximadamente 30 espécies. “O estudo está sendo realizado com todo cuidado que o tema merece, em parceria com a Universidade Federal do Acre com doutores na área florestal, também a Embrapa Florestas e a Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) com o apoio da secretaria estadual de Meio Ambiente (SEMA)”, observou. Foi criado ainda um comitê que será aprovado dentro do conselho e iniciou os estudos nas empresas com os acadêmicos da área de Engenharia Florestal, que deverão realizar as pesquisas em 15 empresas em curto espaço de tempo, fator que preocupa o conselho. O ministro mostrou-se sensível ao pleito por entender que o setor está buscando meios de atender à legislação e questionou aos técnicos qual é o caminho legal para promover a prorrogação do prazo. Solicitou que seja verificado junto ao Conama o procedimento a ser adotado e se a prorrogação pode ser através do MMA. Valdinei Bento dos Santos, do FNBF entregou cópia do Ofício já protocolado no MMA solicitando a prorrogação. Sarney questionou ao setor qual prazo solicitado da prorrogação e os presentes sugeriram que seja dilatado até abril/2017, mesmo prazo de vigência do novo índice. Paulo Fontes procedeu à leitura do 2º parágrafo da Resolução Conama 474/2016, e constatou – se que perderia o índice atual de 45% caso não seja protocolado o estudo até 05 de outubro. Na oportunidade Valdinei solicitou ao Ministro para interceder novamente junto ao Ibama para que seja feita a adequação da Instrução Normativa nº 21/2014 com a Resolução Conama 474/2016 especificamente no que se refere a variação de 10% nas nomenclaturas, isso devido ao fato de que foi determinado pelo MMA no dia 12 de julho e até a presente data o Ibama não fez a alteração e continua utilizando esse instrumento para fiscalizar pátios e madeira em trânsito, além de continuar apreendendo madeiras causando transtornos e prejuízos. “O IBAMA tem conhecimento que deve proceder alteração, mas não o fez e nem enviou nota para fiscalização informando que devem utilizar a Resolução Conama 474/2016 e não mais a IN 21/2014 até que a mesma seja ajustada”, reforçou Valdinei. SOLICITAÇÕES 1 – Inclusão da determinação exposta no § 7º do Artigo 9º da Res. 411/2009: Será admitida variação de 10% (dez por cento) nas dimensões das peças de madeira serrada, incluindo subclassificações previstas no § 3º deste artigo desde que não ultrapasse 10% do volume total em estoque ou em carga (NR). 2 – Revogação do Anexo III e adoção do Anexo VII da Res. 411/2009, uma vez que trata-se da mesma matéria, porém mais recente e adequada. Ademais, é de bom alvitre relembrar que uma Resolução é hierarquicamente superior a uma Instrução Normativa. 3- Madeira aplainada s2s e s4s de acordo com a IN 21/2014 é somente aquela advinda de tábua, ou seja, outro produto aplainado como viga, caibro estão impedidos de ser comercializados, porém isso foi corrigido pela Resolução. CRISTIANE OLIVEIRA Da assessoria
Dia da Árvore: Estudantes aprendem sobre conservação do meio ambiente na prática
Objetivo é despertar os jovens para os cuidados com a conservação O Instituto Ação Verde realiza atividades de conscientização ambiental com estudantes do sexto ano da Escola Municipal Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, em Cuiabá. O projeto, que começou em agosto e segue até o fim deste mês, quando é comemorado o Dia da Árvore, visa formar cidadãos mais responsáveis ambientalmente. Eles estão aprendendo a fazer a coleta seletiva de materiais recicláveis, dando o destino correto para cada tipo de produto. Para isso, receberam a missão de reciclar o lixo das próprias residências. Ao todo, foram arrecadados, até o dia 09/09, cerca de 120 mil quilos de resíduos plásticos, 11 mil quilos de alumínio, 3 mil quilos de cobre e 1 quilo de sacolas. A coleta segue até o dia 23 de setembro, quando a turma que conseguir coletar a maior quantidade de resíduos será premiada com um dia de lazer no SesiPark. O trabalho permite aos estudantes refletirem sobre a relevância da conservação do meio ambiente, além de dar o alerta sobre o estágio avançado de degradação e desequilíbrio em que se encontram os recursos naturais, pela ação do homem. O projeto conta com a parceria da Associação de Catadores de Material Reciclável e Reutilizável (ASMATS), Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT), Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (SINDENERGIA), Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (CIPEM) e o Serviço Social da Indústria (SESI). Cuiabá MT 14 de Setembro de 2016