Dia de Floresta em MT pode ajudar a destravar normas para manejo florestal sustentável no país

A realização do Dia da Floresta entre os dias 17 e 21 de junho podem trazer o impacto positivo de destravar o setor, com normas ambientais mais flexíveis pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Na edição deste ano, 38 conselheiros, policiais federais, delegados, promotores e magistrados puderam conhecer de perto o dia a dia do manejo em uma floresta onde as árvores são catalogadas e rastreadas até o funcionamento de uma indústria de beneficiamento de madeira. Também foi realizado um evento paralelo pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Exporta Mais Brasil – Manejo Florestal Sustentável, que trouxe 10 compradores internacionais que também foram até a floresta ver como funciona o manejo sustentável na prática. Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, o Dia da Floresta é uma oportunidade para demonstrar às autoridades envolvidas no controle dos produtos florestais que o manejo florestal sustentável é uma ferramenta eficaz para promover o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. Ela destaca que essa prática é a principal economia de 44 municípios diretamente, e beneficia mais de 55 municípios no estado. “O manejo garante a manutenção da floresta em pé, com a colheita apenas de indivíduos maduros, transformando esses produtos em diversos insumos como pisos, decks e móveis”, explica. A ideia do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) em trazer membros do Conama foi fundamental, pois o Poder Executivo cumpre as normas e regras estabelecidas pelo Conama. “Agora conhecendo o manejo, espero que eles possam ter maior capacidade de trabalhar a revisão das normas que estão no Conama e que são necessárias para que nós modernizemos o manejo florestal sustentável garantindo a continuidade da atividade. Mato Grosso já promoveu uma alteração na legislação estadual que diz respeito ao período de validade da autorização. O objetivo também é que isso possa ser levado para a norma federal e isso traz maior segurança para o empreendedor, que não precisa ficar atrelado a burocracias de renovação de uma autorização, já que não há alteração real em campo, ao mesmo tempo em que melhora o procedimento interno do órgão ambiental, da maior segurança, continua permitindo o controle. É só eliminar uma burocracia para garantir que a gente possa executar com mais tranquilidade o manejo”, disse a secretária. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) também foi parceira na realização do evento, com aporte financeiro. A superintendente de Agronegócios e Crédito da pasta, Linacis Silva, disse que o apoio do Governo de Mato Grosso é fundamental para mostrar o potencial de sustentabilidade dos planos de manejo florestal. “É uma atividade comercial responsável, que gera desenvolvimento econômico, emprego e renda. Atualmente, o setor de base florestal em Mato Grosso emprega mais de 12 mil pessoas. A madeira é uma atividade chave para cerca de um terço das cidades do estado, evidenciando a importância do setor florestal para a economia local”. Para Mariana Circe, conselheira do Conama e procuradora nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da Advocacia Geral da União (AGU), a experiência de ter vivenciado o manejo florestal sustentável na prática mostrou de que é possível associar a atividade econômica com meio ambiente e sustentabilidade. “Tenho expectativas de que isso possa ajudar no trabalho que a gente tem feito de uma advocacia que transforme a Administração Federal num lugar mais sustentável, mais afeito aos desafios das mudanças do clima. Agradeço demais o Fórum e o Cipem porque é tudo maravilhoso. A gente espera que essa experiência possa nos ajudar a fazer com que as políticas públicas espelhem esse tipo de realidade de um desenvolvimento sustentável como a gente acredita que precisa ser”. Segundo o presidente do FNBF, Frank Rogieri, a principal mensagem deste evento para o mundo é de que a produção florestal brasileira respeita o meio ambiente e lidera a preservação de suas florestas. “O mundo precisa entender que o Brasil é líder mundial de preservação ambiental. Nós temos condições e somos exemplos para vários países do mundo. O setor de madeira, o setor florestal brasileiro, ele agrega muito valor e gera muitos empregos. É uma cadeia muito grande que envolve os extratores, o tratorista, o cortador, o apontador, a pessoa do escritório que faz nota fiscal e a guia florestal, os motoristas de caminhão, a indústria, o setor de prestação de serviços, a fábrica de móveis, a indústria de carrocerias de caminhão, a construção civil, as lojas, varejo, atacado. Temos muito potencial e o Dia de Floresta serve para isso, para mostrar como produzimos com responsabilidade ambiental”.

Empresários de MT e RO travam negociações com compradores internacionais em ação inédita do governo brasileiro

Trinta empresários de Mato Grosso e 10 compradores internacionais travam negociações nos dias 19 e 20 de junho para a venda da madeira nativa em uma ação promovida pelo Exporta Mais Brasil – Manejo Florestal Sustentável, um programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). A ação integra a programação do 5º Dia de Floresta, que também conta com apoio do Governo de Mato Grosso. A ApexBrasil trouxe dez principais compradores de madeira na África, Europa e América do Norte para conhecer como funciona o manejo florestal sustentável na área de reserva da Fazenda Vaca Branca, em Alta Floresta. Depois de ver desde a marcação das árvores que podem ser abatidas, as espécies protegidas, eles viram como funciona a extração e o sistema de rastreamento. Também passaram pela indústria de serraria e beneficiamento. Depois passaram a tratar de negócios. O comprador mexicano Adrian Martinez ficou impressionado com a sustentabilidade envolvida no processo da floresta à indústria. Ele avaliou que a experiência foi importante para superar o preconceito envolvido na compra da madeira brasileira, diante de notícias de desmatamento ilegal, que nada tem a ver com o processo de manejo sustentável. “Foi muito interessante a experiência de conhecer o manejo florestal, de como eles fazem e protegem as espécies da melhor maneira possível. Eu não tinha muito conhecimento sobre o manejo sustentável e de como ele é levado à sério aqui. É saber disso para poder transmitir, pois esse é um aspecto muito importante para os nossos clientes”. Para o presidente do FNBF, Frank Rogieri, destacou que essa ação inédita é fundamental não apenas para os negócios, mas para networking e troca de informações. Para ele, mesmo sendo um projeto piloto junto ao setor de base florestal, ele já é um sucesso. “Agora é só consolidar e partir daí, nós vamos partir para um grande projeto que vai ter duração de 2 a 3 anos junto com a Apex para promoção da madeira brasileira no mundo afora. Nós pudemos mostrar a esses empresários que aqui se produz respeitando as regras ambientais. Mantemos a floresta próxima, valorizamos a conservação e a renovação das florestas. Foi uma oportunidade ímpar para que eles vejam com seus próprios olhos o trabalho de manejo sustentável que realizamos”, acrescentou. Rogieri ressaltou a necessidade de levar essa mensagem de sustentabilidade além das fronteiras nacionais. O setor florestal brasileiro é um grande gerador de empregos e renda. Somente em Mato Grosso, a indústria madeireira emprega diretamente mais de 12 mil pessoas, além de contribuir com a indústria de móveis, carrocerias de caminhões, construção civil e a agroindústria, que utilizam a biomassa gerada nas serrarias como subproduto. “O mundo precisa entender que o Brasil é líder mundial em preservação ambiental. Temos condições de ser exemplo para vários países do mundo”, enfatizou. O gerente de agronegócios da ApexBrasil, André Muller, explicou que a agência brasileira de promoção de exportações e investimentos busca promover o Brasil e, especialmente, a Amazônia, destacando práticas de manejo sustentável. “Queremos manter a floresta em pé. Promovemos produtos como a castanha e o açaí, e agora estamos focados na madeira. Trouxemos 10 compradores e vendedores para mostrar que o manejo sustentável feito aqui no Brasil é uma forma eficaz de captar carbono. Quando vendemos madeira de manejo sustentável, fixamos carbono nela e abrimos espaço para o crescimento de novas árvores”, disse. A expectativa da ApexBrasil é aumentar imediatamente o comércio de madeira sustentável, trazendo compradores internacionais para conhecer de perto as práticas brasileiras, desde a colheita das árvores, passando pela indústria até o embarque para exportação. “O mercado mundial busca madeira de produção sustentável e responsável. Nosso objetivo é gerar negócios rapidamente. Esperamos que até o final desta semana já tenhamos negócios fechados entre os produtores brasileiros e os compradores internacionais”, afirmou Muller. Mato Grosso comercializa 46 espécies de madeiras nativas que constituem a diversidade de produtos florestais de Mato Grosso. A produção anual de 7 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira tropical é obtida de uma área de 5,2 milhões de hectares de manejo florestal sustentável. Até 2035 o objetivo é chegar a 6 milhões de hectares. “Queremos avançar mais, no mercado interno e internacional. O setor de base florestal é importante para economia estadual, sendo o principal gerador de receita em vários municípios. Emprega 12 mil pessoas, além de ter um sistema de rastreamento da produção florestal (Sisflora 2.0) que é o mais eficiente do mundo, garantindo a procedência e legalidade dos produtos mato-grossenses”, destaca o presidente do Cipem, Ednei Blasius.

Transparência e sustentabilidade da madeira nativa são mostrados no Dia de Floresta

Um projeto piloto da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para impulsionar as exportações da madeira sustentável de Mato Grosso é uma das principais novidades da edição do Dia da Floresta deste ano. O presidente do Fórum Nacional de Básico Florestal (FNBF), Frank Rogieri, destacou que essa ação para promover a madeira brasileira no mercado internacional com a presença de 10 compradores internacionais para conhecer in loco como funciona o manejo florestal sustentável, controle ambiental, rastreabilidade e qualidade dos produtos madeireiros, são fundamentais para ampliar o mercado aos produtos brasileiros. “Temos intensificado a presença em mercados internacionais, participando de feiras e eventos de negócios para reforçar o compromisso social e ambiental do Brasil. A iniciativa marca um passo significativo para aumentar a participação do Brasil, que possui a maior floresta tropical do mundo, no mercado global de madeira, onde atualmente detém apenas 2%”, argumentou. Nesta edição, o FNBF recebeu dez empresários internacionais do México, Uruguai, Alemanha, França e África do Sul. Eles visitarão indústrias em Alta Floresta, Mato Grosso, para avaliar de perto a qualidade da produção brasileira. Uma das visitas incluirá a Fazenda Vaca Branca, uma propriedade rural que integra produção de alimentos e madeira com responsabilidade ambiental e social, destacando a nova modalidade de rastreabilidade implementada no estado. “O Governo de Mato Grosso é pioneiro na gestão ambiental. A Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) é a primeira secretaria a descentralizar a gestão no Brasil. Mato Grosso é o primeiro estado a garantir rastreabilidade em 100% da produção madeireira, fortalecendo a imagem positiva do setor no exterior”, disse Frank. A preservação das florestas é uma das prioridades da atual gestão da ApexBrasil, que trabalha para posicionar o país como líder global em práticas de manejo florestal sustentável. “Queremos conectar os empresários amazônicos aos mercados internacionais, organizando o setor produtivo em torno de desafios comuns e trazendo compradores de todo o mundo para conhecer o potencial dos produtos florestais, que possuem alto valor agregado”, afirma Jorge Viana, presidente da ApexBrasil. Programas como o Exporta Mais Amazônia e as Mesas Executivas de Exportação estão sendo desenvolvidos pela Agência, focando em produtos de alto valor agregado e compatíveis com a floresta, como a castanha do Brasil, promovendo o desenvolvimento sustentável da região Norte. O Dia de Floresta é uma realização do Fórum Nacional de Atividade de Base Florestal (FNBF), do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e parceria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e Governo do Estado de Mato Grosso.

Setor florestal de Mato Grosso promove rodadas de negócios durante feira internacional na França`

Por: Assessoria/Cipem Qualidade e procedência dos produtos madeireiros de 46 espécies nativas comercializadas pelas indústrias de base florestal de Mato Grosso despertam atenção de compradores e distribuidores de diversos países durante a Carrefour International du Bois. Realizada no Exponantes, em Nantes, na França, a feira atraiu importadores da Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal, Dinamarca, África do Sul, Estados Unidos, além da França, entre outros países com potencial florestal. Foram realizadas várias rodadas de negócios entre distribuidores de produtos de madeira nativa de Mato Grosso e associações, representantes de cooperativas, artesãos e consumidores no espaço exclusivo ocupado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) no local. Durante os 3 dias do evento, iniciado na terça-feira, 28, e que se encerra hoje, 30, aproximadamente 670 expositores do mercado global apresentam produtos e soluções para os setores da construção, moveleiro e stakeholders. O encontro bienal é o mais importante do segmento, com representantes das indústrias de processamento de madeira, fabricantes de máquinas e ferramentas, design de interiores, decoração, móveis e iluminação. A feira é uma plataforma essencial para descobrir inovações, estabelecer parcerias comerciais e acompanhar as tendências do mercado. “Estamos estabelecendo uma conexão direta com os produtores de madeira de Mato Grosso, criando assim uma rede de relacionamento permanente com os principais consumidores de madeira do mundo. Mostramos que temos produtos de qualidade e em quantidade suficiente para suprir a demanda, fornecendo grandes volumes e trabalhando em blocos”, citou o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Entre as espécies arbóreas mais procuradas pelo mercado consumidor internacional estão angelim-pedra, ipê, cumaru, itaúba, garapa, jatobá, cerejeira, cedro amazonense, jequitibá-rosa, caixeta, entre outras. “O Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) e o Fórum (FNBF) tem dado todo apoio, no intuito de abrir novos mercados e conhecer novos clientes”, destacou o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, reforçando a importância de participação na Carrefour International du Bois, maior evento do segmento e que funciona como um termômetro do mercado da madeira. “É muito positiva essa presença na Feira. Nossa empresa há vários anos participa, mas não tínhamos uma base instalada para representar nosso Estado e o setor de base florestal do Brasil. Ter a retaguarda do Estado, do Cipem, do Fórum das Atividades de Base Florestal (FNBF) foi muito bom, nos deu um lugar, um nome, para ampliar os contatos e o comércio, tanto das empresas que já exportam como daquelas que querem iniciar esse comércio”, afirma o empresário e associado do Sindicato de Laminados e Compensados (Sindilan), Siderlei Luiz Mason.

Abema vai criar grupo de trabalho para acelerar migração ao DOF+ Rastreabilidade

A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) vai organizar um grupo de trabalho para acelerar a migração das empresas que comercializam madeira para o sistema DOF+ Rastreabilidade, em vigor desde 2022. O pedido foi feito pelo Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), durante uma reunião. Isso porque o uso concomitante do DOF Legado, substituído pelo novo sistema, tem trazido insegurança para toda a cadeia produtiva. Presidente do FNBF, Frank Rogieri explica que a manutenção dos dois sistemas tem trazido uma série de problemas, sobretudo aos lojistas das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, que fazem a venda da madeira para o consumidor final. “Estes empreendimentos estão operando com os dois sistemas e, para isso, precisam manter as madeiras separadas nos pátios, uma parte registrada no DOF Legado e outra no DOF+ Rastreabilidade. E isso dificulta para os empresários e para os órgãos de controle, responsáveis pela fiscalização”. Rogieri pontua que com o atual sistema, que assegura a transparência e a garantia da procedência da madeira, não há nenhum motivo que justifique a continuidade do DOF Legado. “Nós precisamos migrar tudo para um sistema só. Defendemos que se audite o material que está sob o controle do antigo e que se migre para o novo, exclui o que tem que excluir e vamos seguir um novo caminho com mais transparência e mais segurança para quem compra e para quem vende”. No encontro, os representantes da Abema, que conta com todos os secretários estaduais de Meio Ambiente do país, entenderam a dificuldade vivida atualmente e se comprometeram a buscar uma solução para o problema. A primeira ideia é a criação de um manual com procedimentos para que a migração ocorra no menor espaço de tempo possível. Desde a implantação do DOF+ Rastreabilidade, considerado por especialistas como o mais moderno sistema de controle dos produtos de base florestal, o Fórum tem trabalhado em diversas frentes para que a implantação dele se dê de forma plena. “Com o apoio da Abema, temos a certeza de que avançaremos ainda mais”, finaliza Rogieri.

FNBF fortalece representação, promoção do setor e do manejo florestal sustentável

O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) tem sido uma voz ativa em todos os avanços registrados em nível nacional do setor. Ao atuar fortemente nas negociações de leis, normas e decretos em colaboração com os órgãos municipais, estaduais e federais, a entidade acompanha de perto todas as atividades relacionadas aos âmbitos trabalhista, ambiental e social, com o objetivo de garantir que o setor possa exercer suas atividades com segurança, dignidade e respeito, em conformidade com a legislação. Além de seu papel fundamental na defesa do setor de base florestal, o FNBF oferece suporte às empresas associadas em suas demandas junto aos órgãos competentes, garantindo um canal eficaz de representação. “Nosso trabalho sério resultou na construção de uma interlocução firme com os mais diversos órgãos, o que faz com que nossas demandas sejam analisadas e debatidas, criando condições para soluções efetivas”, destaca o presidente do Fórum, Frank Rogieri. Paralelamente ao trabalho voltado à legislação, o FNBF atua no sentido de desmistificar o manejo florestal sustentável. Por meio do “Dia da Floresta”, a entidade mostra na prática como funciona o processo, com a remoção de árvores específicas, o que assegura a renovação da floresta. Convidados de todo o Brasil e do exterior acompanham todas as etapas deste processo, desde a escolha da madeira, medição, corte, colheita e transporte até a chegada do produto à indústria. Em uma frente complementar, o Fórum trabalha ativamente na promoção do mercado nacional e internacional de madeira, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e outras entidades de renome. O objetivo é impulsionar o consumo de madeira sustentável, por meio de eventos nacionais e participação em eventos internacionais. “Promovemos eventos nacionais e participamos de grandes eventos internacionais para promover o uso da madeira oriunda do manejo florestal sustentável, mostrando inclusive que esta é a melhor forma de preservação das nossas florestas. Estes eventos são muito importantes e resultam na apresentação do nosso produto e na realização de negócios com importantes mercados consumidores”, ressalta o presidente do Fórum. Um exemplo recente dessa iniciativa é o evento “Madeira Sustentável – o futuro do mercado”, que neste ano teve sua segunda edição. Realizado no Rio de Janeiro, o evento reuniu centenas de profissionais da construção civil e do comércio de madeira, funcionando como uma plataforma crucial para promover o da madeira oriunda do manejo sustentável, refletindo o compromisso contínuo da entidade em fomentar o setor.

ABNT defende uso de madeira na construção de moradias de interesse social

ABNT defende uso de madeira na construção de moradias de interesse social

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vai atuar para que a madeira de manejo florestal seja utilizada na construção de habitações de interesse social. A garantia foi dada pelo presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Mário William Esper, que destacou a importância da padronização das especificações técnicas da madeira para que isso seja possível. Um dos principais argumentos dados por ele, que nesta quinta-feira (04.04) participou de um evento em Cuiabá, para que as casas voltem a ser construídas em madeira é o respeito à vocação regional. Esper classificou como “absurdo” o fato de que em muitas localidades, como a região Norte, seja necessário o transporte, por longas distâncias, de materiais como brita para a construção de casas. “Por que que não podemos elaborar casas de acordo com a vocação de cada região? Em Mato Grosso, temos como vocação a madeira. Então, por que não desenvolver habitação de interesse social em madeira? Vamos padronizar o tamanho das vigas, buscar este avanço enfim, mas para que elas sejam usadas não só no telhado, mas na casa toda”. A sugestão de Esper conta com o apoio de entidades como o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF). Presidente do órgão, Frank Rogieri afirmou que Mato Grosso sempre esteve à frente de importantes inovações no campo da sustentabilidade e da preservação ambiental. “Mato Grosso vem inovando, vem fazendo a parte dele e a ABNT vem em uma hora muito importante. Assim como nós temos normas para construção civil, padrões para ferro, vidro e outros materiais usados na construção, precisamos fazer isso com a madeira”. Rogieri salientou que a atuação da ABNT vai trazer melhoria para a cadeia produtiva e dar condições para que a Caixa Econômica Federal, maior agente financiador da casa própria, aceite a madeira na construção de moradias de interesse social, seja no telhado, seja na construção de casas inteiramente produzidas em madeira. “Precisamos trabalhar em um projeto que vai trazer segurança ao consumidor, nos negócios e para a indústria que vai saber exatamente qual é o padrão do país inteiro trazendo eficiência produtiva”. A vinda de Esper para Mato Grosso foi motivada pelo lançamento da Prática Recomendada ABNT PR 1020 – Manejo de floresta tropical nativa. A norma garante uma certificação de origem dos produtos florestais, atestada pela ABNT. Com a certificação, reconhecida internacionalmente, compradores da madeira oriunda do manejo florestal saberão exatamente de onde ela foi extraída, dando confiabilidade à origem do produto.

FLORESTAS/FNBF: SETOR VÊ AVANÇO ECONÔMICO EM CONCESSÕES E PEDE LINHA DE CRÉDITO

FLORESTAS/FNBF: SETOR VÊ AVANÇO ECONÔMICO EM CONCESSÕES E PEDE LINHA DE CRÉDITO

São Paulo, 09/02/2024 – Se o Brasil atingir 20 milhões de hectares em concessão de florestas, o PIB seria aumentado em R$ 3,3 bilhões, proporcionando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de cerca de 170 mil empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões. A avaliação é de estudo do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), entidade criada em 1999 que congrega cerca de 3.500 empresas associadas. Conforme a entidade, o Brasil tem perto de 450 milhões de hectares de florestas, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas 6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada. No Brasil, há apenas 1,4 milhão de hectares em área concedida pelo Estado ou pela União. “Dentre os gargalos do setor florestal estão a falta de linha de crédito para um setor competitivo e que mantém a floresta de pé. Também existe confusão entre quem produz legalmente a madeira e os grupos criminosos que promovem o desmatamento ilegal”, destaca em comunicado o presidente do FNBF, Frank Rogieri, que em março estará à frente do evento “Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado”, uma iniciativa do Fórum e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), que ocorrerá no dia 15 de março, no Rio de Janeiro. O FNBF esclarece que a produção sustentável de madeira consiste no manejo florestal correto, realizado de forma a respeitar a legislação e garantir a preservação ambiental. No Pará, o manejo florestal gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atende a uma demanda anual de 6 milhões de m³ e proporciona US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os Estados Unidos e para a Europa, em particular para França, Países Baixos e Portugal.

Futuro do mercado da madeira sustentável é tema de evento no Rio de Janeiro

O Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) realizam, no próximo dia 15 de março, a segunda edição do evento “Madeira Sustentável: O futuro do mercado”, no Rio de Janeiro (RJ). O encontro visa unir integrantes de todas as etapas da cadeia da madeira, em especial do manejo florestal sustentável, para levar informações sobre o setor e criar um ambiente de negócios melhor. Para este ano, o local escolhido para a realização do evento é o Hotel Grand Hyatt, na Barra da Tijuca. São esperados profissionais como varejistas, engenheiros, arquitetos, profissionais de design de interior e design de móveis, fabricantes de carrocerias e todos aqueles interessados em conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos produtores. “Nossa ideia é a de ir até os grandes mercados consumidores, unir todos os atores envolvidos na cadeia da madeira, em especial da madeira nativa, de manejo florestal sustentável e levar uma informação de qualidade para essas pessoas, desmistificar algumas crenças e quebrar paradigmas”, explica o presidente do FNBF, Frank Rogieri. Deverão participar dos painéis que serão realizados no evento representantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do serviço florestal, além de outros integrantes da cadeia da madeira. “A ideia é justamente mostrar como é a exploração florestal, a sustentabilidade dela, em que pé está a indústria madeireira brasileira e buscar melhorar esse ambiente de trabalho e negócios”. Os interessados em participar do evento deverão encaminhar um e-mail para atendimento@duaimarketing.com.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 98130-3111.

Fórum trabalha pela unificação, junto ao Ibama, dos sistemas de controle de produtos florestais

Fórum trabalha pela unificação, junto ao Ibama, dos sistemas de controle de produtos florestais

Os sistemas de controle dos produtos de origem florestal deverão ser unificados em 2024. O compromisso para que isso ocorra foi firmado durante uma reunião entre a direção do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), realizada em Brasília. A intenção é a de dar mais segurança para as empresas que fazem parte de toda a cadeia produtiva, sem nenhum prejuízo à fiscalização realizada pelo poder público. A ideia é unificar o Documento de Origem Florestal (DOF) Legado com o DOF + Rastreabilidade, implementado há pouco mais de um ano. As ferramentas funcionam como uma licença obrigatória para o transporte e o armazenamento de produtos florestais de espécies nativas do Brasil. Presidente do FNBF, Frank Rogieri explica que a unificação vai beneficiar tanto os órgãos fiscalizadores quanto lojistas, varejistas, madeireiros, marceneiros e outros profissionais que integram a cadeia produtiva. “A unificação dos sistemas fará com que tenhamos um só sistema, um só estoque, um só controle e isso vai levar segurança na hora de prestar contas sem atrapalhar o fisco”. Ao fazer o pedido de unificação dos sistemas, Rogieri destaca que um dos pilares do setor de base florestal é a transparência, tão importante quanto a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. “Precisamos levar transparência, mas precisamos acima de tudo trabalhar com segurança e é isso o que estamos fazendo”. Diante do pedido da entidade, a direção do Ibama entendeu a importância de aprimorar o sistema e se comprometeu a trabalhar para que isso ocorra. “Vamos construir, a partir de agora, os caminhos para que isso seja colocado em prática nos estados brasileiros já no primeiro semestre de 2024”, finaliza Rogieri.

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