Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal participa do evento “Ideias inovadoras para a cadeia da construção em madeira” em São Paulo.

O FNBF participou do evento “Ideias inovadoras para a cadeia da construção em madeira”, promovido pelo Núcleo da Madeira em parceria com o WWF Brasil, que aconteceu entre os dias 10 a 12 de junho em São Paulo no auditório do Sinduscon e no centro de convenções da FAAP. O evento teve como objetivo apresentar aos participantes os principais aspectos da cadeia construtiva, envolvendo os setores que podem fazer a diferença para a ampliação do uso da madeira na construção, dividido em 5 módulos temáticos relacionados a cadeia de construção em madeira. No módulo 1 o tema abordado foi a rastreabilidade dos produtos florestais (experiência colombiana), ferramentas para incrementar exportações como sistemas de Due Diligence e experiências de exploração de florestas plantadas com geração de valor. O módulo 2 abordou os componentes da madeira para construção, desde o cenário industrial madeireiro no Brasil, propriedades da madeira do plantio ao uso final, produção de CLT (Cross Laminated Timber) e também os sistemas de fixação de componentes de madeira. O módulo 3 tratou sobre os sistemas construtivos em madeira, com apresentação de experiências em habitação social no Programa Minha Casa Minha Vida, cases de obras em MLC (madeira laminada colada) e o renascimento do mercado chileno de madeira. O Módulo 4 foi sobre o mercado e suas regulamentações com a apresentação dos desafios para a construção de edifícios altos de madeira no Brasil, normatização, cases sobre incêndio e recuperação de edifícios. E no módulo 5 foram abordados os temas do projeto e da educação, com apresentação de experiências chilenas em arquitetura a experiência da FAAP na pós-graduação em madeira. No dia 12 de junho, os representantes do FNBF efetuaram visitas técnicas a quatro residências estruturadas em madeira, sendo que cada uma delas representa soluções construtivas em diferentes épocas. A primeira visita foi a uma residência construída em sistema construtivo viga-pilar – que são vigas com madeira nativa da mata atlântica do sul da Bahia, sendo uma das poucas casas de autoria do arquiteto Zanine Caldas em São Paulo. Dando sequência, a segunda residência visitada, foi a do engenheiro Hélio Olga, autor de uma estrutura arrojada em madeira tropical de angelim vermelho, que expõe a grande aptidão da madeira nativa para estruturas especiais, pois foi construída sobre um terreno muito acidentado (superfícies irregulares). A terceira edificação visitada emprega madeira serrada de eucalipto em seu sistema estrutural, destacando as várias qualidades construtivas do material. E findando as visitas técnicas, a última residência apresentada, foi de uma construção recente que utiliza de uma estrutura feita com MLC (madeira laminada colada) de eucalipto, juntamente com alvenarias e outros materiais, relação essa que fortalece a atualidade tecnológica da madeira nas habitações. O evento aponta para um mercado gigantesco a ser explorado no Brasil, onde já se produz habitação pré-fabricada em madeira com qualidade superior e custo inferior às de alvenaria e já se trabalha na normatização técnica para a produção de edifícios em madeira de até 04 pavimentos. Com isso, a cadeia de produção da madeira emprega uma grande importância na economia do Brasil, pois possui um menor impacto ambiental quando comparado a todos os outros materiais utilizados no mercado da construção civil, sendo essa uma das características vitais que contribuem para o futuro do nosso planeta. Avanços como esses geram credibilidade ao setor de base florestal, além de ser um mercado altamente promissor, porém este campo necessita ainda ser melhor divulgado, já que o grande obstáculo no Brasil é a falta de conhecimento. Laíza Taineli – Publicitária
Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal enfatiza a importância das Normas Técnicas para o setor da Construção Civil

Em função da agilidade com que o setor da construção civil avança em técnicas e tecnologias, tanto em relação a materiais quanto para aos métodos construtivos, as normas técnicas que o regem necessitam ser constantemente revisadas, atualizadas e aprovadas pelo sistema ISO (Organização Internacional para Padronização), que é a entidade que congrega órgãos de normatização de dezenas de países, como por exemplo, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para entendermos melhor, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a entidade responsável pela elaboração de regras e pré-requisitos padrões que os processos e produtos de uma determinada cadeia produtiva devem obedecer para que a entidade garanta a certificação, principalmente pelos órgãos e entidades financiadoras. A sua adoção é voluntária, porém, a não adoção pode excluir a indústria do rol de compradores, uma vez que os processos de certificação estão vinculados a essas normalizações. Como é de conhecimento, o Programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV) é o maior programa habitacional do Brasil, com forte aporte de investimentos públicos através da Caixa Econômica Federal. Este programa levou ao estabelecimento de padrões de qualidade, que atendem, principalmente, as moradias de caráter social, permitindo o acesso à casa própria para famílias de renda baixa e média. Um acordo setorial que uniu a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a CEF (Caixa Econômica Federal) e o Ministério das Cidades, para aperfeiçoar o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat), que é pré-requisito para as empresas construtoras aprovarem projetos junto à Caixa Econômica Federal, para participarem do programa “Minha Casa, Minha vida”, prevê, como condição para contratação, uma correlação entre os níveis de certificação da empresa e o número de unidades que podem ser financiadas pelo programa. Para participar desse mercado, existe um modelo de acompanhamento, o SIAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras) e tem por base as normas da ISO. Com isto, empresas de construção civil estão sendo obrigadas a comprovarem padrões de qualidade e o cumprimento às normas à medida em que crescem. Esse sistema busca contribuir para a elevação dos patamares de qualidade do setor, visto que as empresas que desejam participar do Programa MCMV passam por análises de crédito rigorosas junto ao Banco da Caixa, que em sua avaliação de riscos de aplicações, e posterior aprovação de financiamento, utiliza como base as normas técnicas da ABNT. Diante desse quadro, o Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal – FNBF está empenhado em acompanhar os movimentos das revisões e na construção de Normas da Construção Civil, para que os produtos da cadeia produtiva florestal também estejam inseridos e assim, posteriormente, o setor venha a adotar as práticas estabelecidas, expandido sua fatia de mercado. Atualmente, a ABNT possui comissões de estudo que carecem de conhecimento pertinentes ao uso da madeira nativa na construção civil, que podem ser enriquecidas com a participação do FBNF, agregando ainda mais na estruturação destas normas. São elas: ABNT/CB-002/CE 002 126 011 “Sistemas Construtivos Wood Frame ABNT/CB-002/CE 002 126 010 “Estruturas de Madeira” Além disso, fora do âmbito da construção civil, a ABNT está revendo outras normas técnicas de interesse, com destaque para a Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE-103), criada mediante a demanda de normalização no campo de Manejo Florestal. O presidente do FNBF Geraldo Bento solicita aos associados que contribuam com as comissões em andamento para que o processo atenda a necessidade do setor de construção aliado a utilização consciente da madeira nativa tornando as edificações mais sustentáveis. Por fim, a participação dos envolvidos direta ou indiretamente com a cadeia produtiva da base florestal devem contribuir para o aprimoramento das normas em geral. O FNBF sugere o apoio dos interessados para obter êxito de forma criteriosa na elaboração das normas técnicas, focando a eficácia das mesmas no contexto geral. Laíza Taineli – Publicitária
Cipem representa setor florestal brasileiro em evento na Argentina

O segmento florestal objetiva avançar a gestão internacional do manejo florestal sustentável fundamentalizando a competitividade no mercado Oziane Rodrigues – Assessoria FNBF e Cipem Os desafios do Setor de Base Florestal, bem como as práticas de Manejo florestal sustentável do Brasil, foram apresentados pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), na semana de sustentabilidade e competitividade em Buenos Aires ( CABA) na Argentina. O evento foi promovido, na primeira quinzena de julho e versou através de diversos workhops, sobre atributos do Programa para o reconhecimento de certificação Florestal (PEFC), como um bem público para a sustentabilidade da floresta por meio do manejo florestal sustentável. O vice-presidente do Cipem, Rafael Mason e Valdinei Bento dos Santos, diretor executivo da entidade, explicam que o segmento florestal objetiva avançar a gestão internacional do manejo florestal sustentável fundamentalizando a competitividade no mercado. “Pelo que vimos, buscam garantir uma gestão de rastreabilidade, padronizar os processos de cadeia de custódia e certificação a nível mundial com o produto final, e ser reconhecido como uma marca internacional que agrega valor a partir do PEFC de certificação”, pontua Mason. Segundo Valdinei Bento dos Santos, os progressos neste selo permitirão agregar valor às marcas existentes na Argentina por meio de uma gestão florestal sustentável e não somente na Argentina, mas, em outros países produtores. “Fomos convidados para participar de um diálogo para conhecer a certificação florestal PEFC, apresentada como importante ferramenta para construir valor compartilhado aumentar a competitividade das cadeias envolvendo produtos de base florestal com manejo sustentável, diferencial e mercado”, reforçou Valdinei. APRESENTAÇÃO DO CIPEM Na oportunidade, o Cipem demostrou a organização do segmento e a preocupação com a sustentabilidade das florestas nativas por meio de vídeo as técnicas e regras corretas utilizadas no processo de colheita florestal no Brasil. “Tivemos a honra de estarmos presente no evento e por oportuno apresentar o setor florestal de Mato Grosso que em nível estadual é organizado pelo Cipem e dos demais Estados pelo Fórum Nacional das atividades de Base Florestal – FNBF. Os anfitriões ficaram impressionados pela organização e trabalho”. O vice-presidente ainda pontuou. “O tema ali discutido, deve ser debatido amplamente para garantia do segmento florestal no mercado nos próximos anos, entretanto, o objetivo principal do evento foi o fortalecimento da marca PEFC Certificadora, isso vem de encontro com o envolvimento cada vez maior do setor de base florestal, mas acredito que o grande passo para o segmento será a rastreabilidade por meio da cadeia de custodia. Essa será a garantia do produto para os mercados compradores nos próximos anos. E, embora reconheçamos o valor das certificadoras, creio que podemos fazer isso pelos nossos próprios mecanismos”, finaliza.
Em primeira reunião com ministro do MMA, Fórum florestal e CNI apresentam realidade do segmento

Os deputados federais Valtenir Pereira e Alan Rick, participaram do encontro OZIANE RODRIGUES – ASSESSORIA FNBF A confederação Nacional da Indústria e o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), que representa oficialmente o segmento, foram recebidos pelo Novo Ministro do Meio Ambiente (MMA) Sarney Filho, em Brasília – DF. Este foi o primeiro encontro entre MMA e entidades do segmento florestal desde que o Ministro assumiu a pasta. Representando o FNBF, a vice-presidente Adelaide Fátima de Oliveira, que também é presidente da ASIMMANEJO e SINDUSMAD do Acre. Shelley Carneiro, diretor de Meio Ambiente da CNI; Mário Cardoso, diretor da CNI também reforçaram a comitiva florestal junto aos deputados federais Valtenir Pereira (PMDB) e Alan Rick (PRB). O diretor-geral do Serviço Florestal brasileiro do MMA, Raimundo Deusdará Filho, também participou da Reunião que ocorreu na última quarta-feira (25). Para a vice-presidente do FNBF, Adelaide Fátima, o objetivo da reunião foi abrir um diálogo entre as representações do setor florestal e MMA. “Estabelecemos uma agenda positiva e o Ministro foi muito receptivo e disposto a compreender como de fato funciona o segmento, florestal. “, ressaltou. Mario Cardoso – CNI, explicou que Sarney Filho, recebeu sugestões com a finalidade de potencializar as atividades produtivas da área ambiental e dar celeridade aos licenciamentos ambientais. “Trouxemos ao conhecimento do ministro os principais anseios e as conquistas do segmento. Observamos um ministro preocupado em combater os ilegais e fomentar os que trabalham na legalidade”. Outro ponto abordado pela CNI, foi a revisão da Portaria 443/14, que reduz o número de espécies de madeira comerciais da região amazônica e a Portaria 411/09, que trata do Coeficiente de Rendimento Volumétrico de Madeira (CRV), bem como o Fundo Amazônia, que hoje é gerenciado pelo BNDES fizeram parte da pauta. “O setor florestal defende que haja estudos diferenciados sobre as espécies listadas como vulneráveis. A lista, abrange de forma geral e essa generalidade prejudica a competitividade dos produtores, que em muitos casos tem a espécie comercial em abundancia na floresta, pois já estão resguardadas pela prática de manejo florestal sustentável, mas por conta da ausência da mesma em outro Estado fica impedido de comercializar em sua região”, frisou Cardoso. O deputado Valtenir reforçou que foram discutidas ações para que sejam incentivados projetos ambientais, pequenas, médias e grandes propriedades na área do carbono e também no manejo sustentável. E, trabalhar não somente com a Confederação Nacional da Indústria, mas também com demais setores empresariais, como as federações estaduais e associações produtoras. Complementando, o deputado Alan Rick, pontuou que o Estado do Acre possui muitas experiências positivas. “É um dos estados com maior área de floresta preservada, além de vários projetos importantes de manejo em andamento. Além disso, 95% da madeira beneficiada é produto de manejo”, completa o deputado. Geraldo Bento, presidente do FNBF, que sempre defendeu o setor de base florestal juntamente com a CNI e demais entidades representativas, avaliou o encontro com otimismo. O presidente afirmou que é necessário prudência na edição de normativas ambientais para exercer a atividade, sob o prisma de ter que “promover remendo na legislação”. A comitiva também pontuou, a principal defesa do presidente nos últimos meses, para que não fosse aprovada a redução do índice de Coeficiente Volumétrico – CRV. “O empresário florestal ficará ainda mais onerado em um momento de crise, haja vista que para conseguir o CRV- Médio será necessário bancar estudo individual por espécie que comprove um rendimento superior ao agora praticado. Para o segmento isso é um retrocesso, pois já usamos 45%, e temos a comprovação de diversos rendimentos superiores a isso”, pontuou Bento. Em resposta, o ministro se comprometeu a fazer um estudo para verificar a possibilidade de revisão e aplicação das mudanças necessárias.
Cadastro Ambiental Rural: “descobrindo um novo Brasil”

Ministra anuncia últimos números do CAR Por Assessoraria de Comunicação – SFB O Cadastro Ambiental Rural fechou em 06 de maio, um ciclo de dois anos e revelou um novo mapa do Brasil A ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, divulgou no dia 06 de maio, em Brasília, os números atualizados do desempenho do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no país, nos últimos dois anos – prazo estabelecido para inscrição de propriedades, com os benefícios previstos no Código Florestal. Segundo a ministra, quando usada a base de dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os números mostram 97% das áreas passíveis de cadastramento já estão inscritas no CAR. A ministra explicou, entretanto, que, a partir do andamento do CAR, descobriu-se que a base de dados do IBGE já não representa a realidade da área agrícola no Brasil: “O CAR, portanto, revelou uma nova malha fundiária para o país. Descobrimos um novo Brasil”, disse a ministra. Esta nova malha é muito maior do que se presumia e, atualizados os dados com base nestas informações, o total da área declarada CAR é de cerca de 82%. “Cadastro Ambiental é, hoje, uma realidade que não tem retrocesso”, comemorou a ministra. Izabella lembrou que o que falta ser cadastrado são as áreas de agricultura familiar do Nordeste e áreas de chácaras de lazer, em torno de cidades grandes, como Rio e São Paulo, por exemplo. Quanto à decisão de ceder mais prazo apenas para a agricultura familiar para cadastramento com os benefícios previstos no Código Florestal, conforme Medida Provisória N°724/2016, a ministra foi enfática. “O Código Florestal trata os diferentes com diferenças, e os agricultores familiares precisam desta atenção”, disse Izabella Teixeira. Pacto de boa fé O diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimundo Deusdará, destacou a importância do pacto que foi tacitamente firmado entre os proprietários/possuidores rurais e os poderes públicos, na medida em que o cadastramento é declaratório: “Percebe-se a boa fé com que os proprietários estão aderindo ao CAR, quando vemos que 51% dos inscritos pedem adesão aos Programas de Regularização Ambiental. É o mesmo que dizer ‘devo, não nego, e quero pagar’”, avaliou Deusdará. Benefícios para o bolso Raimundo Deusdará lembrou que, com o CAR concluído, o proprietário rural poderá ter benefícios, caso tenha excedente da área de cobertura nativa exigida por lei: “A ideia é, com o CAR identificando, por exemplo, um excedente de vegetação nativa, e confirmando que este excedente existe, se tenha um programa de remuneração deste ativo florestal, ou por Cota de Reserva Ambiental (CRA), ou por um programa de produtor de água, ou por um benefício em um empréstimo. Enfim: estamos montando um pacote de alternativas para poder remunerar estes ativos florestais”, disse Deusdará. Atlas do CAR A ministra do Meio Ambiente anunciou, durante sua apresentação, o lançamento do Atlas do CAR. Ali, encontram-se as informações colhidas pelo CAR até agora, como a área cadastrada, Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação nativa e nascentes. Raimundo Deusdará destacou que o Atlas traz um retrato nunca antes vistos do país. “O que aparece ali não é só suposição. Cada informação tem nome, endereço e CPF”, declarou o diretor.
Em busca de inovação e tecnologia para novos mercados da madeira em MT, Diretores do Cipem participam da Semana Internacional da Madeira em Curitiba

O concreto e o ferro, não têm as mesmas propriedades de produção limpa e de retenção de carbono como a madeira. Precisamos tornar notório os benefícios em se utilizar esse produto ecologicamente correto Matéria nobre em diversos países, a madeira ainda é um material construtivo pouco valorizado no Brasil. Apesar de grande volume de exportação, culturalmente, muitos brasileiros não têm a percepção clara de que a madeira é um material sustentável, sofisticado e de alta tecnologia. Em busca de reverter essa máxima em Mato Grosso, diretores do Cipem – Centros das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de MT participam da Sim – Semana Internacional da Madeira em Curitiba Paraná. O objetivo é fomentar a inovação e tecnologia no segmento florestal e assim fazer com que a madeira seja mais valorizada na construção civil, além de abrir novos mercados para os produtos oriundos da floresta nativa no Estado. Para os diretores, a feira consiste em uma grande oportunidade de fomento não apenas para MT, mas para todo o mercado florestal brasileiro. “MT necessita de fomentos para que o segmento que atualmente representa a 4ª Economia do Estado possa continuar crescendo, e explorando com sustentabilidade o alto potencial econômico que representa o setor de base florestal”, avalia Claudinei Melo, diretor do Cipem e presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte de MT – Sindinorte, em comum acordo com os demais diretores da instituição. O arquiteto e urbanista Marcelo Aflalo, da Univers Design, conta que por todo o mundo são registradas diversas iniciativas em prol do uso desse material maciço nas construções, a exemplo da Europa que há mais de 20 anos estimula essa opção, seguida mais recentemente pelo Japão. Para ele, o Brasil precisa seguir estes exemplos, devido o alto potencial florestal. “Os Estados Unidos também iniciaram uma verdadeira corrida pelas grandes obras em madeira, que já alcançaram 12 andares. Europa, Canadá e Chile também avançam. Enquanto o Brasil, um dos maiores produtores de recursos florestais, praticamente não usa madeira nas construções. Afinal, ainda se difunde a falsa ideia de que o seu uso seria antiecológico”, alerta. Para Aflalo, o momento histórico da arquitetura em madeira é, globalmente, dos mais relevantes. “O Brasil ainda não tem uma indústria da construção em madeira desenvolvida. Não se pensa como nos países mais avançados, como material para retenção de CO2”, afirma. Geraldo Bento, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal – FNBF e também diretor do Cipem, salienta que boa parte do mundo mostra que usar madeira de modo correto e sustentável beneficia o clima. Tanto que o painel climático da ONU recomenda o uso intensivo da madeira para diminuir o impacto climático, enquanto que no Brasil uma das maiores potência florestal, difunde-se a ideia contrária a esses países. “Outros materiais construtivos, como concreto e ferro, não têm as mesmas propriedades de produção limpa e de retenção de carbono como a madeira”, esclarece o presidente do FNBF. No encontro, Cipem e FNBF, puderam aproveitar para conversar sobre temas relevantes ao setor florestal com o André Torres Baby, secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente de MT – Sema, também presente no evento. A feira De encontro com as informações a 2ª Expo Madeira & Construção, traz em sua essência, a preocupação de mostrar aos brasileiros uma série de pontos positivos, quanto a utilização da matéria-prima empregada na construção civil de maneira correta, com foco na apresentação das boas práticas do uso da madeira , buscando unir em um mesmo ambiente todos os atores da cadeia produtiva da construção com esse material, o que traz benefícios em termos de desenvolvimento de métodos, técnicas e produtos aplicados à madeira no setor construtivo. “Esperamos que o evento se consolide como um ambiente que direciona e apresenta novas tecnologias, produtos e métodos aos participantes, além de consagrar as boas práticas já executadas”, destaca Ailson Loper, gerente executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal e realizador da Feira. A 2ª Expo Madeira & Construção faz parte da SIM – Semana Internacional da Madeira. Entre 06 e 11 de março, em Curitiba (PR). Seis eventos voltados para toda a cadeia produtiva da madeira estão entre a programação, Além da 2ª Expo Madeira & Construção, a Lignum Brasil, Wood Trade Brazil, Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, Ebramem e SWST.
IBAMA: Proposta de redução de aproveitamento da tora pode parar de vez setor florestal em MT

Se aprovada a ação atinge diretamente todo o setor de base florestal nativa, ocasionando aumento dos custos de produção num momento econômico difícil Por Oziane Rodrigues – Assessoria FNBF Está em andamento no Conama o processo que trata da proposta de alteração da Resolução nº411/2009 que dentre outras mudanças propõe a redução do CRV (Coeficiente de Rendimento Volumétrico) no processo de desdobro da tora em madeira serrada para obtenção de produtos florestais. O CRV – medida usada no cálculo do índice de aproveitamento da tora – é atualmente aplicado oficialmente em 45%, entretanto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAAM) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) pretendem reduzir para 35%. José Eduardo Pinto, presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) avalia que se aprovada, MT será um dos mais prejudicados, uma vez que os industriais madeireiros do Estado já conseguem um aproveitamento maior e, a muito vêm sofrendo com a perda de concorrência a níveis de outros Estados devido à oneração de impostos. “Têm-se comprovado aproveitamento superior a 50%. Temos estudos realizados conforme a metodologia disposta na norma vigente do (Artigo 6º da própria Resolução Conama 411/2009) e vídeos gravados nas indústrias que apontam o aproveitamento superior ao atualmente aplicado. Na prática, um maior CRV significa melhor aplicação da matéria-prima, e menos árvores sendo retiradas das florestas”, explicou o presidente. Gerado Bento, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), reforça que “dado à comprovação da inviabilidade, resta o questionamento do que fazer com a madeira serrada que ficará nos pátios sem documentação hábil? E a certeza de que se aprovada, a redução do CRV, certamente poderá significar o fim da atividade desse setor tão penalizado pelos governos, pois seguramente não resistiremos a tantas perdas”. Diante dos fatos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que representa, dentre tantos outros segmentos industriais, o setor de base florestal, manifestou a discordância da proposta, alegando improcedência na propositura. Justificando que deve ser assegurada a todos os envolvidos ampla participação, discussão técnica e maior transparência no processo devido a relevância do tema. O setor então fará recomendação de que a proposta de revisão da Resolução CONAMA nº 411/2009, com as alterações já devidamente discutidas nas instâncias regulares (CIPAM, CTFlor e CTAJ) sejam deliberadas na 121ªreunião ordinária do Conama a ser realizada nos dias 16 e 17/03 e a proposta de alteração dos percentuais de CRV de 45% para 35% seja remetida à Câmara Técnica de Florestas e Demais Formações Vegetacionais (CTFlor) para análise e ampla discussão, recomendando ainda no processo a participação de instituições aptas e imparciais, por exemplo: as Instituições de Ensino e Pesquisa, representada pela EMBRAPA Florestas, Universidades Estaduais, Federais, dentre outras.
Índice de conversão, resíduos da madeira e reestruturação da Sema abrem discussões do setor florestal em 2016

A proposta de emenda do Conama para reduzir o índice do Coeficiente de Rendimento Volumétrico (CRV), de 45% para 35%, a fiscalização e aplicação de multas do Ibama ás empresas referente aos resíduos e a destinação e R$ 250 mil do Centro das indústrias produtoras e exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) para a reestruturação da Sema foram os principais assuntos da primeira reunião de diretoria do Centro, que aconteceu na última quinta-feira de janeiro. Com a participação de convidados como Ana Luiza Peterlini, líder da pasta da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema); André Luiz Torres Baby, secretário adjunto do órgão; presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base florestal (FNBF), Geraldo Bento, e o deputado federal Nilson Leitão, sobre o CRV a discussão enfatizou ação seja atendida, inviabilizará todo o setor, pois é comprovado que o índice de aproveitamento já é superior ao atualmente utilizado. “Temos estudos que foram realizados conforme a metodologia disposta na norma vigente do Artigo 6º do próprio Conama. Os resultados, apontam cientificamente um rendimento superior a 45%, o setor preparou também, vídeos que reforçaram os resultados dos laudos e que ainda comprovaram o rendimento médio de 50%”, explicou o presidente. O setor de base florestal, representado pela CNI, recomendará que a proposta de revisão da Resolução CONAMA nº 411/2009, com as alterações já devidamente discutidas nas instâncias regulares (CIPAM, CTFlor e CTAJ) sejam deliberadas na próxima reunião Plenária do Conama e a proposta de alteração dos percentuais de CRV de 45% para 35% seja remetida de volta à Câmara Técnica de Florestas e Demais Formações Vegetacionais do Conama (CTFlor) para análise e discussão. Dessa forma, o setor apresentará os resultados dos estudos anteriormente aqui relacionados. Sobre a destinação dos Resíduos da madeira, desde o dia 26 de janeiro, as indústrias madeireiras foram surpreendidas com a visita de fiscais do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que além de autuarem com multas com valores acima de R$ 500 mil reais, está suspendendo as atividades e impedindo as indústrias de atuar. A alegação do órgão ambiental é que foram encontradas irregularidades no armazenamento dos resíduos sólidos, gerados no processo de desdobro da madeira pelas serrarias e beneficiadoras de madeira daquele município. Entretanto, não há uma política instituída que auxilie na resolução do problema da geração dos resíduos. Impossibilitados de usar ou destinar estes “restos de madeira” para outros fins, sob o risco de serem enquadrados inclusive em crime ambiental, os industriais se vêm obrigados a depositá-los nos pátios das madeireiras. Sobre as multas abusivas do Ibama, Leitão propôs que se faça uma Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os órgãos competentes. Outro tema ressaltado na reunião foi o montante de R$ 250 mil, doado pelo Cipem, para que a Sema seja reestruturada. Na ocasião a líder da pasta, bem como o seu adjunto, além de destacarem apoio ao setor, agradeceram ao Cipem pelo reforço dado na reestruturação. “Agradecemos o incentivo oferecido. A Sema está se organizado e com essa ajuda vamos recuperar a credibilidade, pois temos a consciência que até então temos nos concentrado na tarefa de comando e controle, deixando a desejar em muitos âmbitos com vocês, estamos confiantes que conseguiremos sanar esses problemas nessa nova etapa”, ressalta Peterlini. A reunião também contou com a presença da advogada federal Samanta Pineda, que foi quem ajudou a escreveu o novo Código Florestal Brasileiro. Na ocasião a advogada evidenciou que há uma falha na comunicação entre os entes competentes e os setores produtivos. “O setor produtivo não é ouvido e logo e quem sente na pele os problemas de má comunicação. O caminho é que o governo se envergue para ouvir quem de fato gera economia, pois só assim evitaremos qualquer problema e sairemos da crise”, finaliza a advogada.
Inscrições abertas para os eventos da Semana da Madeira

As inscrições para a Lignum Brasil e para a 2ª Expo Madeira & Construção foram abertas nos sites oficiais dos eventos e podem ser feitas de forma gratuita até o dia 08 de março Da redação FBNF O interesse pela SIM – Semana Internacional da Madeira, só cresce e agora os profissionais do setor industrial madeireiro já podem garantir sua participação em todos os seis eventos que a compõem: Lignum Brasil, 2ª Expo Madeira & Construção, Wood Trade Brazil, Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, EBRAMEM (Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira) e SWST (Society of Wood Science and Technology). As inscrições para a Lignum Brasil e para a 2ª Expo Madeira & Construção foram abertas nos sites oficiais dos eventos e podem ser feitas de forma gratuita até o dia 08 de março. A orientação da organização para quem deseja visitar as feiras é realizar as inscrições online. Quem fizer o cadastro no dia e local dos eventos pagará uma taxa de R$ 20,00. A Lignum Brasil tem como principal proposta estimular o desenvolvimento do setor industrial madeireiro, que há quase 10 anos não tinha uma feira que o representasse. Dessa forma, é a maior oportunidade dos últimos anos para os profissionais industriais estarem em contato para a troca de conhecimentos e a realização de negócios. Já a 2ª Expo Madeira & Construção, busca a apresentação das boas práticas do uso da madeira de floresta plantada na construção civil. Ambas acontecem nos dias 09, 10 e 11 de março, no Expo Renault Barigui, em Curitiba (PR). Os interessados também podem se inscrever no Wood Trade Brazil de forma gratuita pela internet. O evento, que acontece no dia 08 de março, reunirá profissionais e empresários do setor de transformação e beneficiamento de madeira, que produzem no Brasil e atuam no mercado mundial, para discutir as condições de competitividade no mercado. O Wood Trade Brazil é limitado a 200 participantes. Outro evento da SIM que também está com as inscrições abertas é o Encontro Brasileiro de Energia da Madeira, que acontece no período da manhã, dos dias 10 e 11 de março, no CIETEP (Centro de Eventos do Sistema FIEP). Os participantes podem se cadastrar até o dia do evento, mas são oferecidos valores diferenciados para quem fizer a inscrição até dia 10 de fevereiro. O Encontro também tem vagas limitadas a 230 participantes. Para se inscrever acesse: www.energiadamadeira.com.br Os profissionais ligados à arquitetura e construção civil que desejam participar do EBRAMEM e SWST também podem garantir sua participação pelos sites oficiais dos eventos. A SIM é a oportunidade do ano para os empresários e profissionais do setor industrial madeireiro se reunirem para compartilhar conhecimento e contribuírem para o desenvolvimento do setor como um todo. Para mais informações sobre a SIM acesse: www.lignumbrasil.com.br/semana-internacional-da-madeira/.
Mato Grosso terá 10 meses para analisar 400 projeto de manejo sem adequação à Portaria 443 do MMA

A prorrogação também é válida para apresentar os estudos que provem a inviabilidade em manter determinadas espécies na lista de vulneráveis Oziane Rodrigues/ Assessoria FNBF O ministério do Meio Ambiente (MMA) prorrogou, somente para Mato Grosso, a aplicação dos efeitos da Portaria 443/2014, que proíbe a comercialização de 13 das principais espécies madeireiras do Estado, consideradas vulneráveis por esta legislação. Os projetos de manejo florestal sustentáveis protocolados até fevereiro de 2015 não precisarão seguir as regras da 443 se liberados até o prazo final que é dezembro de 2016. A decisão se deu após uma série de reuniões intercaladas entre Brasília (DF) e Cuiabá. Nos encontros, representes do setor florestal do Estado e Fórum Nacional das Atividades de Base florestal (FBNB), com o apoio fundamental da Bancada representativa de MT no senado federal, destacando-se entre eles o deputado federal Nilson Leitão, apresentaram aos órgãos competentes o alto número de processos que ainda precisavam ser averiguados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e o curto prazo para análise. “O MMA considerou que exclusivamente Mato Grosso continha um número expressivo de análises e não haveria prazo hábil para concluí-las”, explica Geraldo Bento, presidente do FNBF. Com a medida a Sema terá mais 10 meses para avaliar os cerca de 400 processos de manejo protocolizados e que deveriam ter sido analisados e liberados até dezembro de 2015. Outro motivo pelo qual houve a prorrogação é tempo determinado ao setor florestal para apresentar estudos que provem a inviabilidade em manter determinadas espécies na lista de vulneráveis. De acordo com o setor, alguns desses indivíduos não se enquadram mais na lista e podem ser considerados aptos à comercialização. Entenda o caso No início de 2015, presidentes dos sindicatos patronais madeireiros de MT e Geraldo Bento então presidente do Cipem e, atual presidente do FNBF, reuniram-se com a ministra Izabela Teixeira a fim de encontrar soluções para os entraves ocasionados ao segmento industrial madeireiro de todo o país, quando surpreendidos pela Portaria 443/2014/dezembro, do MMA. A portaria foi regulamentada pela IN 01/2015 que trata da vulnerabilidade da madeira, colando 13 das principais espécies comercializadas na lista de não comercialização. Na ocasião, Bento explicou que caso a Portaria fosse efetivada, todo o comércio madeireiro ia inviabilizado uma vez que as espécies são as que despontam nas vendas incluindo a exportação. O professor doutor Evaldo Munhoz Braz da Embrapa Florestas que também participou na ocasião defendeu a posição contrária à Portaria. Em consenso, o FNBF e MMA entendeu a importância de embasar em estudos para comprovar ou não a necessidade de manter as espécies listadas. A pesquisa desenvolvida pela Embrapa Florestas teve seus primeiros resultados apresentados em novembro de 2015, e com a prorrogação apresentará o resultado final assim que conclusos.