Biblioteca Socioambiental

Biblioteca socioambiental sela um novo momento do consumo responsável de madeira tropical no Brasil Um espaço bonito e agradável, construída com madeira doada pelos oito Sindicatos do setor de base florestal de Mato Grosso, a Biblioteca Socioambiental instalada no Espaço Angatu, na sede do WWF Brasil, em Brasília (DF), se tornou um marco para estimular o uso responsável da madeira de boa origem na construção civil. Inaugurada no dia 30 de abril com a presença de autoridades civis, diplomáticas, pesquisadores, ambientalistas e representantes do setor florestal e da cadeia produtiva da madeira, a biblioteca será aberta ao público, por meio de agendamento prévio. A intenção é que cientistas, professores, pesquisadores, estudantes e representantes de órgãos públicos possam ter acesso ao acervo. A temática ambiental estará disponível no local em todas as publicações editadas recentemente pelo WWF-Brasil e por organizações parceiras. O analista de conservação sênior do WWF-Brasil, Ricardo Russo, que coordenou diretamente esse processo, explica que a meta é transformá-la também em virtual, e que parte do acervo possa ser acessado via internet. “O setor florestal tem que usar aqui para fazer reuniões, eventos”, lembrou Russo. O analista de conservação do WWF argumentou que é mais que uma biblioteca, é mais que um prédio, a inauguração deste espaço construído com madeira nativa, proveniente de Plano Manejo Florestal Sustentável (PMFS), representa a materialização de anos de trabalho de aproximação entre setor produtivo de base florestal, indústrias e organizações ambientais. “O WWF Brasil conseguiu depois de muito tempo de trabalho compreender o setor florestal, responsável pela geração de emprego na Amazônia e como podemos produzir com baixa emissão de carbono. A biblioteca é isso não é um prédio, é uma ideia que sela a relação do setor florestal num novo momento”, disse Ricardo Russo.     SOLENIDADE – Foi uma noite agradável com apresentação de uma orquestra sinfônica e grande representatividade. A assessora de Cooperação da União Europeia, Cristina Carvalho representou a embaixadora da União Europeia para o Brasil, Ana Paula Zacarias. O secretário de Estado de Meio Ambiente do Distrito Federal, André Lima, entre outras autoridades prestigiaram a inauguração. O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Geraldo Bento, acompanhou a apresentação de um vídeo sobre manejo florestal, produzido em Juína, região Noroeste de Mato Grosso em que mostrou como funciona um plano de manejo florestal sustentável e os empecilhos legais para que o consumo da madeira seja estimulado e tenha mais competitividade no mercado. Assessores jurídicos e administrativos do WWF detalharam a dificuldade de receber a doação da madeira, mesmo sendo de PMFS para a construção da Biblioteca. Geraldo Bento esclareceu que a floresta que tem um plano de manejo em andamento está protegida e a que não tem está ameaçada. “Estamos muito honrados com esse momento, de poder fazer parte dele, ter contribuído com a construção de um lugar tão bonito e importante. Nós estamos trabalhando para que o setor tenha cada vez mais credibilidade e competitividade,” argumentou Bento.

Setor florestal precisa de propostas mais concretas, destaca assessor da SAE em fórum

O assessor de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Fernando Castanheira, participou esta semana do I Encontro Anual do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNABF), que aconteceu em Brasília. O evento reuniu as principais lideranças do setor, governo e parceiros para debater temas relacionados à política florestal brasileira, com uma programação voltada para o para políticas industriais do segmento de madeira sólida. O assessor da SAE compôs a mesa redonda que discutiu a estrutura e as estratégias do Governo sobre a Política Florestal Brasileira. O painel contou ainda com a participação do diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente, Antônio Carlos Hummel. Eles debateram dois temas considerados de extrema relevância para este segmento: A construção de uma Política Brasileira de Florestas Plantadas e o rumo do Serviço Florestal Brasileiro em relação ao manejo de florestas, principalmente no que diz respeito às concessões públicas. Para o assessor da SAE, o setor florestal precisa ter propostas mais concretas. “Os mecanismos de formulação de políticas públicas estão abertos. O governo está empenhado em colocar este tema em pauta e vem apresentando propostas, mas o setor também precisa se apresentar e trazer as suas demandas e reivindicações. Temos uma política de florestas plantadas sendo formulada e as questões relacionadas às concessões estão avançando. O setor precisa se posicionar em relação a tudo isso”, ressaltou. O objetivo principal do evento foi a apresentação de um estudo, lançado em conjunto pelo FNABF com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para subsidiar a elaboração de uma política industrial sustentável para o setor de madeira sólida na Amazônia. “O estudo que foi apresentado é uma importante contribuição para a formulação de políticas públicas por demonstrar quais são os gargalos que devem ser trabalhados na construção de uma política industrial para o setor de madeira, que inclui matéria-prima nativa ou plantada. O documento foi desenvolvido com o enfoque na Amazônia, mas pode ser usado por todo o País”, considerou. O Brasil ainda não possui uma política industrial para o setor de madeira, tanto plantada, como nativa.

Fiemt se associa ao Fórum Florestal e fortalece interlocução política de entidade

Por Assessoria FNBF A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) é a mais nova associada do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF). O presidente do Fórum, Geraldo Bento, destaca que a adesão fortalece ainda mais a entidade mato-grossense uma vez que a união para intercessão política com a representatividade nacional fica maior e, portanto, mais eloquente, para que todas as cadeias do setor industrial possam ser ouvidas e atendidas. Um exemplo recente da força do associativismo, segundo Bento, foi a atenção dada ao segmento florestal por parte do Governo Federal no tocante à normatização da Portaria 443, de 17 de dezembro de 2014, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que prejudicava muito o setor e que, graças à mobilização feita pelas entidades associadas dos estados da Amazônia Legal, a Portaria foi regulamentada por uma Instrução Normativa (IN) no início de fevereiro. Tudo por conta da mobilização do setor, que conseguiu conversar com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e reverteu o problema. O presidente da Fiemt, Jandir Milan, está empolgado com a associação ao Fórum e informou que vai falar com os presidentes das demais Federações do Brasil para ressaltar a importância de estarem organizadas para enfrentar os desafios em defesa da continuidade da atividade madeireira manejada e industrializada. Dessa forma não só a questão politica será fortalecida mas também a economia brasileira com a garantia de manutenção e geração de empregos na área florestal. O FNBF O Fórum é uma entidade criada em 1999 com o objetivo de defender e representar todo o setor relacionado à atividade florestal, perante o governo federal, entidades e sociedade de uma forma geral buscando sempre o devido reconhecimento e desenvolvimento do setor. Participam as seguintes entidades: •ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente •ABRAMADE – Assoc. Bras. dos Produtores, Atacadistas e Varejistas de Prod. de Mad. •AIMEX – Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará •ANPM – Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira * AREFLORESTA (MT) *FIEMT – Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso •SICLAM – Sindicato das Indústrias de Laminados do Estado do Amazonas •SIMAS – Sindicato dos Madeireiros de Sorriso / MT •SIMAVA – Sindicato das Indústrias de Madeireiras do Vale do Arinos / MT •SIMM – Sindicato das Indústrias de Madeira de Matupá / MT •SIMENORTE – Sind. das Indústrias dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso •SIMNO – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Noroeste de Mato Grosso •SINDILAM – Sind. das Indúst. de Laminados e Compensados do Est. de Mato Grosso •SINDIMADEIRA – RS •SINDIMASP – Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo •SINDINORTE – Sind. das Indúst. de Madeira do Médio Norte do Est. de Mato Grosso •SINDUSMAD – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Est. de Mato Grosso •UNIFLOR – União das Entidades Florestais do Estado do Pará * UNIFLORESTA (PA)

Senado conclui votação do marco legal da biodiversidade

O Senado Federal concluiu nesta quarta-feira (15) a votação dos destaques ao projeto de lei que facilita o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais do país, conhecida como marco legal da biodiversidade. O texto agora será analisado novamente pela Câmara dos Deputados antes de ir à sanção presidencial. Na última semana, os senadores tinham aprovado o texto-base da proposta e concordado em votar os destaques nesta semana. Na sessão da noite desta terça (14), eles votaram três dos cinco destaques antes de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrar a sessão devido à redução do quórum, após problemas no painel eletrônico do plenário. O texto em análise, do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), substitutivo à proposta do governo federal apresentada em junho do ano passado, regula as formas de exploração da biodiversidade no país e modifica procedimentos para que empresas e organizações iniciem os trabalhos de pesquisa. Como o texto foi aprovado no Senado com alterações, retornará para nova análise dos deputados, mesmo já tendo sido aprovado anteriormente pelos deputados federais. Pelas normas do Congresso, um projeto de iniciativa de uma das Casas que é aprovado com alterações na outra deve ser submetido a nova análise na casa de origem do texto, antes de ser enviado para sanção da Presidência da República. Marco da Biodiversidade O projeto de lei reforça as regras criadas pela medida provisória 2.186-16, de 2001, que incorpora os compromissos assumidos pelo governo perante a Convenção da Diversidade Biológica (CDB), tratado internacional das Nações Unidas, que regula o tema. No documento, patrimônio genético é definido como “informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas, ou espécies de outra natureza, incluindo substâncias oriundas do metabolismo destes seres vivos”. Entre os principais pontos aprovados no texto-base na última semana, estão a retirada de penalidades impostas a empresas que descumpriram regras ligadas à exploração de materiais provenientes de plantas ou animais e a criação de normas de pagamento pelo uso de recursos genéticos naturais por empresas – tanto para o governo, quanto para povos tradicionais, como os indígenas.

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