Em reunião com o COEMA, FNBF debate metas para a COP 21
Novas diretrizes e fomento ao setor de base florestal fizeram parte do debate
Em busca de cumprir as metas assumidas pela Ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, sobre a Cop-21, líderes ambientais se reuniram com setores envolvidos para apresentar documentos e formular estratégias de fomento, e cobrança das ações aos segmentos inseridos na proposta.
A reunião que aconteceu no mezanino do Edifício Armando Monteiro Neto, em Brasília-DF, nesta última segunda – feira (28), também dialogou sobre as principais negociações e elaboração da proposta do texto final da COP-
21, na cúpula do clima de Paris.
Entre os envolvidos no debate; Rafik Saab, representante do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal- FNBF, Marcos Guerra, presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema), Shelley Carneiro, secretário executivo do COEMA e Gerente executivo de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Antonio Marcondes de Carvalho, Embaixador – Sub Secretario de Energia, Meio Ambiente e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, Armando Santiago, representando Carlos Klink, Secretario Executivo do Meio Ambiente, Gustavo Arnizaut, especialista Senior – Projeto Low Carbon Business Action da União Européia e Mario Cardoso CNI.
Na ocasião, Armando Santiago, do MMA, explicou como foi construído o documento, ressaltando que a partir do protocolo os compromissos passam a vigorar em 2020, e até lá, o Brasil precisa regulamentar toda a matéria e levar ao Congresso Nacional. Segundo ele, os regramentos, ordenamento jurídico e as metas assumidas para o desmatamento zero até 2030, deverão ser alcançados até a data final.
O representante de Carlos Klink, também salientou que o MMA está satisfeito com a redução do desmatamento, mencionando que o Brasil teve um decréscimo de 79% no desmate ilegal, de 2005 á 2012, e que dos referidos anos até 2016, os índices se mantiveram em patamares satisfatórios.
Santiago também destacou que o MMA concluiu que os três principais fatores que contribuem para as emissões de gazes de efeito estufa, são; Desmatamento, Agropecuária e uso da Terra e Floresta. Assim, ouviu dos presentes sugestões de novas diretrizes para combater os efeitos nocivos já existentes.
Na reunião, os líderes ambientais cobraram posições e atitudes de todos os segmentos presentes, apresentando que estão sendo estudadas formas de incentivos e fomento ao que trabalharão em prol da ação, pelo Banco BNDES.
Rafik Saab, do FNBF, aproveitou a ocasião para destacar que o setor de base florestal necessita de um plano de resgate. Segundo ele, faz-se necessário a implementação de Projetos que visem esses recursos do BNDES por meio do Fundo Amazônia. O executivo ainda reforçou que o segmento florestal está entre os mais onerados por impostos e menos favorecidos por incentivos governais.
Em reposta, Armando Santiago prometeu novo contato com o FNBF para traçar formas de trabalho em conjunto e união de esforços no sentido de promover o setor de forma legal e assim, garantir a diminuição dos índices de desmatamento e abonar o desenvolvimento do segmento florestal, como um todo.
Rafik, explicou ainda que juntamente com a CNI, foram definidas uma nova linha de ação com enfoque nos sindicatos e suas federações.
“Faremos novas ações buscando mudanças no cenário atual, e com as bases dos sindicatos florestais e o apoio da CNI, conseguiremos uma política florestal consolidada no Brasil”, finaliza.