Na semana do meio ambiente, a criançada dá show no WWF-Brasil
A criança como um agente transformador, que adquire conhecimentos e influencia todos a sua volta! É com esse ideal em mente que Adriana Magalhães e Ana Claudia Piña, orientadora educacional e coordenadora do colégio Perpétuo Socorro, trouxeram duzentas crianças de 2 a 6 anos para aprender sobre sustentabilidade na sede do WWF-Brasil, em Brasília.
“A gente entende que a melhor forma de conseguir transformação é de baixo para cima. Por isso, trabalhamos temas com as crianças para que elas falem com os alunos mais velhos e mesmo com as famílias”, diz Adriana, acrescentando que a escola aproveita as datas comemorativas para levar mensagens de conservação aos pais. “No dia da água, falamos sobre a importância dos rios e usamos o aumento na energia para mostrar a importância de economizar. Esses são alguns exemplos de ações que chamam atenção das pessoas para a sustentabilidade”.
O local para o encontro foi o Angatu, um espaço na sede do WWF-Brasil, integrado com a natureza e feito totalmente com madeira rastreada, doada por nove sindicatos do setor de base florestal do Mato Grosso. Já a recepção ficou por conta de Philippe Thibault, do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis, e Delana Borges, que momentaneamente saiu de seu posto administrativo para interagir com os pequenos: “o que a gente precisa ter em mente é que todos atuamos pelo mesmo fim. Não importa em que setor trabalhamos, todos estamos aqui pelo bem comum, que é conservação do meio ambiente”, comenta Delana.
Durante uma hora, as crianças conversaram sobre a natureza da região onde vivem, participaram de jogos sobre hábitos sustentáveis de vida e tiveram a chance de ver vídeos sobre a água, o bioma Cerrado e o descarte de resíduos – o que, segundo Adriana, tem um efeito duplo, pois fala sobre a proteção do meio ambiente ao mesmo tempo em que ensina, com o uso de palavras que elas não estão acostumadas.
A preocupação de cuidar do meio ambiente estava presente em toda a programação, que terminou com uma apresentação das crianças do maternal e uma música cantada por todas as crianças, como forma de agradecimento pela tarde.
Ao final do evento, Heitor, de 6 anos, disse que aprendeu “uma coisa muito importante”, que se refere ao descarte de eletrônico: “eu tenho o costume de guardar as pilhas que acabam e, hoje, eu aprendi que não posso mais guardar. Então, quando chegar em casa, vou juntar tudo e pedir para meu pai jogar na lixeira, que tem que ser especial”.
Já Miguel, de 5 anos, em sua sabedoria de criança, resumiu o que todo adulto deveria saber: “a gente tem que cuidar da natureza. Senão, a natureza morre e todo mundo morre também”.